“A túnica de teu filho”
Lições da Bíblia.
“Então, tomaram a túnica de José, e mataram um cabrito, e tingiram a túnica no sangue. E enviaram a túnica de várias cores, e fizeram levá-la a seu pai, e disseram: Temos achado esta túnica; conhece agora se esta será ou não a túnica de teu filho” (Gn 37:31, 32, RC).
“Como poderiam eles, filhos de um pai amoroso, descer tão baixo a ponto de entregar ao pai o manto que ele tinha dado ao filho, agora salpicado de sangue, e pedir que ele o identificasse? Talvez até um dia antes de terem cometido esse crime, nada parecido com isso havia entrado em sua mente. Mas, uma vez que começamos uma sucessão de pecados, quem sabe aonde isso vai levar?”
O significado na linguagem usada pelos irmãos de José diante de seu pai, em Gênesis 37:26-36, revela que eles queriam ignorar até o fato de que José era irmão deles. “Então, tomaram a túnica de José, mataram um bode e a molharam no sangue. E enviaram a túnica talar de mangas compridas, fizeram-na levar a seu pai e lhe disseram: Achamos isto; vê se é ou não a túnica de teu filho. Ele a reconheceu e disse: É a túnica de meu filho; um animal selvagem o terá comido, certamente José foi despedaçado. Então, Jacó rasgou as suas vestes, e se cingiu de pano de saco, e lamentou o filho por muitos dias.” (Gên. 37:31-34).
“Perceba que a pergunta dos irmãos não se referia à ‘túnica de nosso irmão’, mas à ‘túnica de teu filho’. A frieza e a insensibilidade, são espantosas. Talvez, também, essa fosse uma espécie de mecanismo inconsciente de defesa. Não foi a ‘túnica de nosso irmão’ que eles encontraram, mas, sim, a túnica de ‘teu filho’, uma forma de limitar em sua própria mente o mal que tinham feito. Assim, a túnica teve um papel tanto no início quanto no fim. Um símbolo do relacionamento entre Jacó e José agora estava coberto de sangue, um símbolo da ‘morte’; eles pensaram que isso seria o fim de José e da animosidade nutrida para com ele. No entanto, esse ato ‘resolveu’ um problema apenas para provocar muitos outros. Certamente, os irmãos devem ter sofrido pela tristeza de seu pai. Dia a dia, vendo-o chorar, esses homens devem ter lutado com culpa e remorso.”
O relato bíblico de Gn 42:13, 21-23, 32 e 44:28 revela o impacto a alongo prazo das ações dos irmãos de José sobre si mesmos e sua família. “Eles disseram: Nós, teus servos, somos doze irmãos, filhos de um homem na terra de Canaã; o mais novo está hoje com nosso pai, outro já não existe.” (Gên. 42:13). “Então, disseram uns aos outros: Na verdade, somos culpados, no tocante a nosso irmão, pois lhe vimos a angústia da alma, quando nos rogava, e não lhe acudimos; por isso, nos vem esta ansiedade. Respondeu-lhes Rúben: Não vos disse eu: Não pequeis contra o jovem? E não me quisestes ouvir. Pois vedes aí que se requer de nós o seu sangue. Eles, porém, não sabiam que José os entendia, porque lhes falava por intérprete.” (Gên. 42:21-23). “somos doze irmãos, filhos de um mesmo pai; um já não existe, e o mais novo está hoje com nosso pai na terra de Canaã.” (Gên. 42:32). “um se ausentou de mim, e eu disse: Certamente foi despedaçado, e até agora não mais o vi;” (Gên. 44:28).
“No fim, o Senhor transformou em bem o mal que os irmãos haviam feito, mas isso não justifica o que fizeram. Por mais extremas que tenham sido suas ações, essa história deve nos lembrar de quão rapidamente os pecados podem sair do controle, nos cegar e nos levar a fazer coisas que geralmente levam à tragédia e ao sofrimento.”
Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – quinta-feira 21 de abril de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF
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