Hagar e o Monte Sinai (Gl 4:21-31)

Lições da Bíblia.

“7. Que tipo de relação de aliança Deus desejava estabelecer com Seu povo no Sinai? Quais são as semelhanças entre essa aliança e a promessa de Deus a Abraão?” “Falou mais Deus a Moisés e lhe disse: Eu sou o SENHOR. Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui conhecido. Também estabeleci a minha aliança com eles, para dar-lhes a terra de Canaã, a terra em que habitaram como peregrinos. Ainda ouvi os gemidos dos filhos de Israel, os quais os egípcios escravizam, e me lembrei da minha aliança. Portanto, dize aos filhos de Israel: eu sou o SENHOR, e vos tirarei de debaixo das cargas do Egito, e vos livrarei da sua servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes manifestações de julgamento. Tomar-vos-ei por meu povo e serei vosso Deus; e sabereis que eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas do Egito. E vos levarei à terra a qual jurei dar a Abraão, a Isaque e a Jacó; e vo-la darei como possessão. Eu sou o SENHOR. (Êxo. 6:2-8). “Subiu Moisés a Deus, e do monte o SENHOR o chamou e lhe disse: Assim falarás à casa de Jacó e anunciarás aos filhos de Israel: Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim. Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel.” (Êxo. 19:3-6). “Achou-o numa terra deserta e num ermo solitário povoado de uivos; rodeou-o e cuidou dele, guardou-o como a menina dos olhos. Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os seus filhotes, estende as asas e, tomando-os, os leva sobre elas, assim, só o SENHOR o guiou, e não havia com ele deus estranho.” (Deut. 32:10-12). “Deus prometeu libertá-los da escravidão egípcia; eles seriam seu povo, e Ele o seu Deus. Receberiam a terra da promessa e seriam reino e sacerdotes e deveriam ser fieis”

“Deus queria partilhar com os filhos de Israel no Sinai a mesma relação de aliança que havia compartilhado com Abraão. De fato, existem semelhanças entre as palavras de Deus em Gênesis 12:1-3 e Suas palavras a Moisés em Êxodo 19. Em ambos os casos, Deus enfatizou o que Ele faria por Seu povo. Ele não pediu que os israelitas prometessem fazer qualquer coisa para obter Suas bênçãos; em vez disso, eles deviam obedecer como uma resposta a essas bênçãos. As palavras hebraicas traduzidas como ‘obedecer’ e ‘guardar’ em Êxodo 19:5, literalmente significam ‘ouvir’. Essas palavras de Deus não implicam em justiça pelas obras. Pelo contrário, Ele queria que Israel tivesse a mesma fé que caracterizava a resposta de Abraão a Suas promessas (pelo menos na maior parte do tempo!).”

“8. Se a relação de aliança que Deus ofereceu a Israel no Sinai é similar àquela dada a Abraão, por que Paulo identificou o Monte Sinai com a experiência negativa de Hagar?” “Veio Moisés, chamou os anciãos do povo e expôs diante deles todas estas palavras que o SENHOR lhe havia ordenado. Então, o povo respondeu à uma: Tudo o que o SENHOR falou faremos. E Moisés relatou ao SENHOR as palavras do povo.” (Êxo. 19:7-8). “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas. Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda.” (Heb. 8:6-7). “Porque o povo transformou a boa aliança do Sinai em uma tentativa de aliança as promessas por meio das obras assim como no caso de Abraão, Sara e Hagar. Por fim, o povo se tornou infiel.”

“A aliança no Sinai foi destinada a apontar a pecaminosidade da humanidade e o remédio da graça abundante de Deus, simbolizada nas cerimônias do santuário. O problema com a aliança do Sinai não estava com Deus, mas com as promessas defeituosas do povo (Hb 8:6). Em vez de responder às promessas de Deus com humildade e fé, os israelitas responderam com autoconfiança. ‘Tudo o que o Senhor falou faremos’ (Êx 19:8). Depois de viver como escravos no Egito por mais de 400 anos, eles não tinham uma concepção verdadeira da majestade de Deus nem da extensão de sua própria pecaminosidade. Da mesma forma que Abraão e Sara tentaram ajudar Deus a cumprir Suas promessas, os israelitas procuraram transformar a aliança da graça de Deus em uma aliança de obras. Hagar simboliza o Sinai, no sentido de que ambos revelam tentativas humanas de salvação pelas obras.”

“Paulo não afirma que a lei dada no Sinai era ruim, tampouco que havia sido abolida. Ele estava preocupado com o equívoco legalista dos gálatas em relação à lei. ‘Em vez de servir para convencê-los da absoluta impossibilidade de agradar a Deus pela guarda da lei, a lei alimentava neles uma determinação profundamente arraigada de depender de recursos pessoais a fim de agradar a Deus. Assim, a lei não servia ao propósito da graça de conduzir os judaizantes a Cristo. Em vez disso, ela os separava de Cristo’ (O. Palmer Robertson, The Christ of the Covenants [O Cristo das Alianças], Phillipsburg, New Jersey, Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1980, p. 181).”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – quarta-feira 30 de novembro de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

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