O apedrejamento de Estêvão
Lições da Bíblia
“Nos primeiros tempos da igreja, os discípulos não foram os
únicos a ser confrontados pelos líderes da religião estabelecida. Estêvão, que
era ‘cheio de graça e poder, [e] fazia prodígios e grandes
sinais entre o povo’ (At 6:8), foi conduzido à presença deles. Na
verdade, seu testemunho foi tão poderoso que seus oponentes fabricaram histórias
falsas e incriminadoras a respeito dele, devido às quais ele foi levado perante
o conselho (At 6:9-14).”1
“4. Em Atos 7:2-53, Estêvão deu uma poderosa resposta
àqueles que o acusavam. Eles ‘ficaram furiosos’ (At
7:54, NTLH), isto é, se sentiram culpados diante das palavras dele. Em Atos 2:37
[‘Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e
perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos,
irmãos?’]2, outras pessoas se sentiram culpadas ao ouvir uma
acusação semelhante. Qual foi a diferença na reação ao sentimento de culpa, e o
que isso nos diz a respeito de como é essencial ter um coração submisso diante
de Deus?”1 “2 Estêvão respondeu: Varões
irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a Abraão, nosso pai, quando
estava na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, 3 e
lhe disse: Sai da tua terra e da tua parentela e vem para a terra que eu te
mostrarei. 4 Então, saiu da terra dos caldeus e foi
habitar em Harã. E dali, com a morte de seu pai, Deus o trouxe para esta terra
em que vós agora habitais. 5 Nela, não lhe deu
herança, nem sequer o espaço de um pé; mas prometeu dar-lhe a posse dela e,
depois dele, à sua descendência, não tendo ele filho. 6 E falou Deus que a sua descendência seria peregrina em terra
estrangeira, onde seriam escravizados e maltratados por quatrocentos anos;
7 eu, disse Deus, julgarei a nação da qual forem
escravos; e, depois disto, sairão daí e me servirão neste lugar. 8 Então, lhe deu a aliança da circuncisão; assim, nasceu Isaque, e
Abraão o circuncidou ao oitavo dia; de Isaque procedeu Jacó, e deste, os doze
patriarcas. 9 Os patriarcas, invejosos de José,
venderam-no para o Egito; mas Deus estava com ele 10 e livrou-o de todas as suas aflições, concedendo-lhe também graça
e sabedoria perante Faraó, rei do Egito, que o constituiu governador daquela
nação e de toda a casa real. 11 Sobreveio, porém,
fome em todo o Egito; e, em Canaã, houve grande tribulação, e nossos pais não
achavam mantimentos. 12 Mas, tendo ouvido Jacó que no
Egito havia trigo, enviou, pela primeira vez, os nossos pais. 13 Na segunda vez, José se fez reconhecer por seus irmãos, e se
tornou conhecida de Faraó a família de José. 14 Então, José mandou chamar a Jacó, seu pai, e toda a sua parentela,
isto é, setenta e cinco pessoas. 15 Jacó desceu ao
Egito, e ali morreu ele e também nossos pais; 16 e
foram transportados para Siquém e postos no sepulcro que Abraão ali comprara a
dinheiro aos filhos de Hamor. 17 Como, porém, se
aproximasse o tempo da promessa que Deus jurou a Abraão, o povo cresceu e se
multiplicou no Egito, 18 até que se levantou ali
outro rei, que não conhecia a José. 19 Este outro rei
tratou com astúcia a nossa raça e torturou os nossos pais, a ponto de forçá-los
a enjeitar seus filhos, para que não sobrevivessem. 20 Por esse tempo, nasceu Moisés, que era formoso aos olhos de Deus.
Por três meses, foi ele mantido na casa de seu pai; 21 quando foi exposto, a filha de Faraó o recolheu e criou como seu
próprio filho. 22 E Moisés foi educado em toda a
ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras. 23 Quando completou quarenta anos, veio-lhe a idéia de visitar seus
irmãos, os filhos de Israel. 24 Vendo um homem
tratado injustamente, tomou-lhe a defesa e vingou o oprimido, matando o
egípcio. 25 Ora, Moisés cuidava que seus irmãos
entenderiam que Deus os queria salvar por intermédio dele; eles, porém, não
compreenderam. 26 No dia seguinte, aproximou-se de
uns que brigavam e procurou reconduzi-los à paz, dizendo: Homens, vós sois
irmãos; por que vos ofendeis uns aos outros? 27 Mas o
que agredia o próximo o repeliu, dizendo: Quem te constituiu autoridade e juiz
sobre nós? 28 Acaso, queres matar-me, como fizeste
ontem ao egípcio? 29 A estas palavras Moisés fugiu e
tornou-se peregrino na terra de Midiã, onde lhe nasceram dois filhos. 30
Decorridos quarenta anos, apareceu-lhe, no deserto do monte
Sinai, um anjo, por entre as chamas de uma sarça que ardia. 31 Moisés, porém, diante daquela visão, ficou maravilhado e,
aproximando-se para observar, ouviu-se a voz do Senhor: 32 Eu sou o Deus dos teus pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de
Jacó. Moisés, tremendo de medo, não ousava contemplá-la. 33 Disse-lhe o Senhor: Tira a sandália dos pés, porque o lugar em
que estás é terra santa. 34 Vi, com efeito, o
sofrimento do meu povo no Egito, ouvi o seu gemido e desci para libertá-lo. Vem
agora, e eu te enviarei ao Egito. 35 A este Moisés, a
quem negaram reconhecer, dizendo: Quem te constituiu autoridade e juiz? A este
enviou Deus como chefe e libertador, com a assistência do anjo que lhe apareceu
na sarça. 36 Este os tirou, fazendo prodígios e
sinais na terra do Egito, assim como no mar Vermelho e no deserto, durante
quarenta anos. 37 Foi Moisés quem disse aos filhos de
Israel: Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a
mim. 38 É este Moisés quem esteve na congregação no
deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos pais; o qual
recebeu palavras vivas para no-las transmitir. 39 A
quem nossos pais não quiseram obedecer; antes, o repeliram e, no seu coração,
voltaram para o Egito, 40 dizendo a Arão: Faze-nos
deuses que vão adiante de nós; porque, quanto a este Moisés, que nos tirou da
terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu. 41 Naqueles dias, fizeram um bezerro e ofereceram sacrifício ao
ídolo, alegrando-se com as obras das suas mãos. 42 Mas Deus se afastou e os entregou ao culto da milícia celestial,
como está escrito no Livro dos Profetas: Ó casa de Israel, porventura, me
oferecestes vítimas e sacrifícios no deserto, pelo espaço de quarenta
anos, 43 e, acaso, não levantastes o tabernáculo de
Moloque e a estrela do deus Renfã, figuras que fizestes para as adorar? Por
isso, vos desterrarei para além da Babilônia. 44 O
tabernáculo do Testemunho estava entre nossos pais no deserto, como determinara
aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto.
45 O qual também nossos pais, com Josué, tendo-o
recebido, o levaram, quando tomaram posse das nações que Deus expulsou da
presença deles, até aos dias de Davi. 46 Este achou
graça diante de Deus e lhe suplicou a faculdade de prover morada para o Deus de
Jacó. 47 Mas foi Salomão quem lhe edificou a
casa. 48 Entretanto, não habita o Altíssimo em casas
feitas por mãos humanas; como diz o profeta: 49 O céu
é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis, diz o
Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso? 50 Não foi,
porventura, a minha mão que fez todas estas coisas? 51 Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de
ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais,
também vós o fazeis. 52 Qual dos
profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que anteriormente
anunciavam a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e
assassinos, 53 vós que recebestes a
lei por ministério de anjos e não a guardastes.” (Atos 7:2-53
ARA)2. “Enquanto o coração dos rebeldes se enfureceu, houve
arrependimento no coração dos sinceros. Ter um coração submisso nos livra dos
enganos de Satanás.”1
“Até então os apóstolos haviam desafiado os líderes e escapado
da punição, mas quando Estêvão tentou fazer o mesmo, foi morto por uma turba
enfurecida. A morte de Estêvão marcou o início de um esforço concentrado da
parte de Satanás para eliminar aquele novo movimento. Até esse ponto, os
seguidores de Jesus haviam sido perseguidos e ameaçados, porém Estêvão foi o
primeiro a ser morto. Mas o que eles esperavam? Se Satanás conseguiu inspirar
alguns líderes a executar Jesus, Seus seguidores certamente não devem ter
esperado que com eles fosse diferente.”1
“Naturalmente, ao longo de todo o grande conflito, o Senhor,
vez após vez, trouxe vitória a partir do que muitas vezes parecia derrota. Não
foi diferente nesse caso.”1
“‘Depois da morte de Estêvão, Saulo foi eleito membro do
conselho do Sinédrio, em consideração à parte que havia desempenhado naquela
ocasião. Durante algum tempo foi instrumento poderoso nas mãos de Satanás para
promover sua rebelião contra o Filho de Deus. Logo, porém, esse implacável
perseguidor deveria ser usado para edificar a igreja que agora estava
destruindo. Alguém, mais poderoso que Satanás, escolheu Saulo para tomar o lugar
do martirizado Estêvão, a fim de pregar e sofrer pelo Seu nome e propagar
extensamente as novas da salvação por meio de Seu sangue’ (Ellen G. White,
Atos dos Apóstolos, p. 102).”1
“Às vezes vemos o bem resultar do mal. Isso é ótimo. O que
fazemos, porém, quando percebemos que o mal resulta em um mal ainda
maior?”1
7º dia. Oração pelo perdão: Hoje é dia de
orar especificamente pelo perdão divino e para que sejamos
perdoadores.
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1 LIÇÕES da escola sabatina. Rebelião e redenção. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 484, Jan. Fev. Mar. 2016. Adulto, Professor.
2 BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
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