Sentença contra as nações (Is 13)

 Lições da Bíblia1

Em Isaías 13:1, Isaías é apresentado como autor dessa nova seção do seu livro (compare com Is 1:1; 2:1). Os capítulos 13–23 contêm oráculos de juízo contra várias nações.

1. Por que as profecias contra as nações têm início com Babilônia? Assinale a alternativa correta:

A.(  ) Porque o povo precisava perceber um perigo menos evidente à época.
B.(  ) Porque Babilônia seria a primeira nação a ser destruída.

Resposta sugestiva: Alternativa A.

Em Isaías 10:5-34, já haviam sido anunciados juízos contra a Assíria, que representava o maior perigo nos dias de Isaías. Embora Isaías 14:24-27 reitere brevemente o plano do Senhor de destruir a Assíria, os capítulos 13–23 tratam principalmente de outras ameaças, sendo a advertência sobre Babilônia a mais importante.

Dotada de um rico e antigo legado cultural, religioso e político, Babilônia posteriormente emergiu como a superpotência que conquistou e exilou Judá. Mas, da perspectiva humana do tempo de Isaías, não era facilmente perceptível que Babilônia um dia ameaçaria o povo de Deus. Durante grande parte do ministério de Isaías, a Assíria dominou Babilônia. A partir de 728 a.C., quando Tiglate-Pileser III tomou Babilônia e foi proclamado seu rei sob o nome de “Pulu” (ou “Pul”; 2Rs 15:19; 1Cr 5:26), os reis assírios retomaram a Babilônia diversas vezes (710 a.C., 702 a.C., 689 a.C. e 648 a.C.). Contudo, ela acabaria se tornando a grande superpotência na região, o poder que destruiria o reino da Judeia.

Leia Isaías 13. “1 Sentença que, numa visão, recebeu Isaías, filho de Amoz, contra a Babilônia. 2 Alçai um estandarte sobre o monte escalvado; levantai a voz para eles; acenai-lhes com a mão, para que entrem pelas portas dos tiranos. 3 Eu dei ordens aos meus consagrados, sim, chamei os meus valentes para executarem a minha ira, os que com exultação se orgulham. 4 Já se ouve sobre os montes o rumor como o de muito povo, o clamor de reinos e de nações já congregados. O Senhor dos Exércitos passa revista às tropas de guerra. 5 Já vêm de um país remoto, desde a extremidade do céu, o Senhor e os instrumentos da sua indignação, para destruir toda a terra. 6 Uivai, pois está perto o Dia do Senhor; vem do Todo-Poderoso como assolação. 7 Pelo que todos os braços se tornarão frouxos, e o coração de todos os homens se derreterá. 8 Assombrar-se-ão, e apoderar-se-ão deles dores e ais, e terão contorções como a mulher parturiente; olharão atônitos uns para outros; o seu rosto se tornará rosto flamejante. 9 Eis que vem o Dia do Senhor, dia cruel, com ira e ardente furor, para converter a terra em assolação e dela destruir os pecadores. 10 Porque as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz. 11 Castigarei o mundo por causa da sua maldade e os perversos, por causa da sua iniquidade; farei cessar a arrogância dos atrevidos e abaterei a soberba dos violentos. 12 Farei que os homens sejam mais escassos do que o ouro puro, mais raros do que o ouro de Ofir. 13 Portanto, farei estremecer os céus; e a terra será sacudida do seu lugar, por causa da ira do Senhor dos Exércitos e por causa do dia do seu ardente furor. 14 Cada um será como a gazela que foge e como o rebanho que ninguém recolhe; cada um voltará para o seu povo e cada um fugirá para a sua terra. 15 Quem for achado será traspassado; e aquele que for apanhado cairá à espada. 16 Suas crianças serão esmagadas perante eles; a sua casa será saqueada, e sua mulher, violada. 17 Eis que eu despertarei contra eles os medos, que não farão caso de prata, nem tampouco desejarão ouro. 18 Os seus arcos matarão os jovens; eles não se compadecerão do fruto do ventre; os seus olhos não pouparão as crianças. 19 Babilônia, a joia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou. 20 Nunca jamais será habitada, ninguém morará nela de geração em geração; o arábio não armará ali a sua tenda, nem tampouco os pastores farão ali deitar os seus rebanhos. 21 Porém, nela, as feras do deserto repousarão, e as suas casas se encherão de corujas; ali habitarão os avestruzes, e os sátiros pularão ali. 22 As hienas uivarão nos seus castelos; os chacais, nos seus palácios de prazer; está prestes a chegar o seu tempo, e os seus dias não se prolongarão.”

A linguagem é forte. Por que um Deus amoroso faz essas coisas ou permite que elas aconteçam? Certamente algumas pessoas inocentes também sofreriam, não é mesmo (Is 13:16)? O que os textos da Bíblia que falam da ira do Senhor contra o pecado e o mal revelam sobre a natureza odiosa do pecado e do mal? O simples fato de que um Deus de amor reagiria dessa maneira não seria uma evidência suficiente para nos mostrar quanto o pecado é mau? Temos que lembrar que Jesus foi o responsável por dar essas advertências por meio de Isaías, o mesmo Jesus que perdoou, curou, suplicou e advertiu os pecadores a se arrependerem. Como devemos entender esse aspecto do caráter de um Deus amoroso? Essa ira não poderia ser resultante do Seu amor? Observe de outra perspectiva: a da cruz, em que o próprio Jesus, levando os pecados do mundo, sofreu muito mais do que qualquer outra pessoa já sofreu, mesmo os “inocentes” que sofreram por causa dos pecados da nação. Como o sofrimento de Cristo na cruz responde a essas perguntas difíceis?

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Isaías: Consolo para o povo de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 503, jan. fev. mar. 2021. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

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