Os santos no purgatório

 Lições da Bíblia1

A Igreja Católica Romana defende que os mortos que não merecem o inferno, mas que ainda não estão prontos para o paraíso, podem ter seus pecados purgados no purgatório e então ascender ao paraíso. Seus sofrimentos no purgatório podem ser reduzidos pelas orações e penitências dos entes queridos, bem como por outros atos em favor dos mortos.

O Catecismo da Igreja Católica é explícito sobre o purgatório: “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do céu. […] A Igreja recomenda também a esmola, as indulgências e as obras de penitência a favor dos defuntos” ([São Paulo: Edições Loyola, 2022], p. 290, 291).

3. Leia Eclesiastes 9:10, Ezequiel 18:20-22 e Hebreus 9:27. Como essas passagens refutam a teoria do purgatório?

Eclesiastes 9:10 (ARA)2: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obranem projetosnem conhecimentonem sabedoria alguma.

Ezequiel 18:20-22 (ARA)2: “20 A alma que pecar, essa morreráo filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do filhoa justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este. 21 Mas, se o perverso se converter de todos os pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer o que é reto e justo, certamente, viverá; não será morto. 22 De todas as transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela justiça que praticou, viverá.”

Hebreus 9:27 (ARA)2: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo,”

O dogma do purgatório combina a noção pagã de um inferno ardente com a prática pagã de orar pelos mortos. Esse dogma é inaceitável para os que creem nos seguintes ensinos bíblicos: (1) os mortos descansam inconscientemente nos túmulos (Ec 9:10); (2) a justiça de um ser humano não pode ser transferida a outro ser humano (Ez 18:20-22); (3) nosso único Mediador é Jesus Cristo (1Tm 2:5); e (4) a morte é seguida pelo juízo final, sem nenhuma segunda chance de arrependimento (Hb 9:27).

Uma implicação ainda mais séria é como a teoria antibíblica do purgatório distorce o caráter de Deus. “A obra de Satanás desde sua queda é representar mal nosso Pai celestial. Ele sugeriu o dogma da imortalidade da alma. […] A ideia de um inferno que queima eternamente foi produção de Satanás; purgatório é sua invenção. Esses ensinamentos falsificam o caráter de Deus, como se Ele devesse ser considerado severo, vingativo, arbitrário e que não exerce o perdão” (Ellen G. White, Manuscript 51, 10 de dezembro de 1890). Em vez de mortos adormecidos, que aguardam a volta de Cristo, essa visão diz que eles estão no purgatório, sofrendo até que alguém os tire dali.

O que erros como o purgatório ou o tormento eterno nos ensinam sobre a importância da doutrina? O que acreditamos é importante, e não apenas em quem acreditamos?

Terça-feira, 29 de novembro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Vida, morte e eternidade. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 510, out. nov. dez. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

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