Iluminados pelo Espírito
Lições da Bíblia1
Um dia, enquanto estudava na biblioteca da Universidade, Martinho Lutero teve um momento decisivo, quando descobriu uma cópia da Bíblia em latim. Ele não sabia que um livro como esse existia e leu capítulo após capítulo, ficando surpreso com a clareza e o poder das Escrituras. Ao debruçar-se sobre suas páginas, o Espírito Santo iluminou sua mente à medida que verdades obscurecidas pela tradição pareciam saltar das páginas da Bíblia. Ao descrever sua primeira experiência com a Bíblia, escreveu: “Oh, que Deus dê esse livro para mim!”
3. Que princípios podemos tirar dos seguintes textos a respeito de como devemos interpretar a Bíblia? Jo 14:25, 26; 16:13-15; 2Pe 1:20, 21
Jo 14:25, 26 (NAA)2: “25 — Tenho dito isso enquanto ainda estou com vocês. 26 Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse ensinará a vocês todas as coisas e fará com que se lembrem de tudo o que eu lhes disse.”
Jo 16:13-15 (NAA)2: “13 Porém, quando vier o Espírito da verdade, ele os guiará em toda a verdade. Ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que ouvir e anunciará a vocês as coisas que estão para acontecer. 14 Ele me glorificará, porque vai receber do que é meu e anunciará isso a vocês. 15 Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso eu disse que o Espírito vai receber do que é meu e anunciar isso a vocês.”
2 Pe 1:20, 21 (NAA)2: “20 Primeiramente, porém, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal; 21 porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.”
Nesses versos, temos a certeza de que o mesmo Espírito Santo que inspirou os escritores bíblicos nos guia enquanto lemos as Escrituras. Ele é o intérprete da verdade. Infelizmente, muitos minimizam o elemento sobrenatural da Bíblia e exageram no elemento humano. Uma vez que Satanás não pode mais manter a Bíblia longe de nós, ele usa a segunda melhor estratégia: despojá-la de seu caráter sobrenatural, torná-la meramente uma boa literatura ou, pior ainda, uma ferramenta opressora da religião para controlar as massas.
Os reformadores viram claramente que o Espírito Santo – não os sacerdotes, prelados e papas – era o intérprete infalível das Escrituras. Em um interessante diálogo, Maria, rainha da Escócia, disse a John Knox, reformador escocês: “‘Você interpreta as Escrituras de uma maneira, e eles [os professores católicos romanos] as interpretam de outra; em quem deverei acreditar e quem deverá ser juiz nesse assunto?’ ‘Creia em Deus, que claramente fala em Sua Palavra’, respondeu o reformador; ‘e, além do que a Palavra lhe ensina, não creia nem em um nem em outro. A Palavra de Deus é clara por si mesma; e se aparecer qualquer dificuldade em algum lugar, o Espírito Santo, que nunca é contrário a Si mesmo, em outros lugares explicará a questão de maneira mais clara, de modo que não poderá ficar dúvida a não ser para os que obstinadamente permanecem na ignorância’” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 213, 214).
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O grande conflito. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 516, abr. mai. jun. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.
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