Teologia “de cima” ou “de baixo”
Lições da Bíblia1:
6. Leia João 4:46-54. Que problema levou o oficial a Jesus, e qual era a verdadeira questão envolvida?
João 4:46-54 (NAA)2: 46 Jesus foi outra vez a Caná da Galileia, onde tinha transformado água em vinho. E havia ali um oficial do rei, cujo filho estava doente em Cafarnaum. 47 Quando ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia, foi até ele e pediu-lhe que fosse curar o seu filho, que estava morrendo. 48 Então Jesus lhe disse: — Se vocês não virem sinais e prodígios, de modo nenhum crerão. 49 O oficial pediu mais uma vez: — Senhor, venha, antes que o meu filho morra! 50 Jesus respondeu: — Vá, o seu filho vai viver. O homem creu na palavra de Jesus e partiu. 51 Quando já estava a caminho, os seus servos vieram ao encontro dele, anunciando-lhe que o seu filho estava vivo. 52 Então perguntou a que horas o seu filho havia se sentido melhor. Informaram: — Ontem, à uma hora da tarde a febre o deixou. 53 Com isso, o pai reconheceu que aquela era precisamente a hora em que Jesus tinha dito a ele: “O seu filho vai viver.” E ele e toda a sua casa creram. 54 Este foi o segundo sinal que Jesus fez, depois de ir da Judeia para a Galileia.”
Aquele homem se aproximou de Jesus, a luz do mundo, mas decidiu crer apenas se Ele curasse seu filho. Podemos dizer que a teologia desse homem era uma teologia vinda “de baixo”, pois tinha origem humana. A teologia “de baixo” estabelece critérios e padrões em relação a Deus e a Sua Palavra. As ideias humanas, embora falíveis, limitadas e subjetivas, acabam se tornando a autoridade final na interpretação da Palavra de Deus. Que armadilha!
A teologia “do alto”, por outro lado, reage com fé, assumindo desde o início a crença em Deus e em Sua Palavra (Jo 4:48; 6:14, 15; 2Tm 3:16). Quando a Bíblia é aceita pela fé, ela se torna sua própria intérprete. Nosso guia para compreender e interpretar as Escrituras deve ser a visão bíblica de mundo, em vez das filosofias humanas. Pontos de vista humanos devem estar sujeitos à Palavra, e não o contrário.
Se desejamos crer em Jesus e no que Ele disse, devemos crer nas palavras das Escrituras (Jo 5:46, 47). “Se vocês permanecerem na Minha palavra, são verdadeiramente Meus discípulos” (Jo 8:31). Se duvidarmos da Palavra, ela não permanecerá em nós (Jo 5:38). “Quem Me rejeita e não recebe as Minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que falei, essa o julgará no último dia. Porque Eu não falei por Mim mesmo, mas o Pai, que Me enviou, esse Me ordenou o que dizer e o que anunciar” (Jo 12:48, 49).
Ouvir a Palavra vai além de absorver informações. Significa fazer a vontade de Deus. Essa é a resposta ativa à Palavra. “Se alguém decidir fazer a vontade de Deus, saberá se o Meu ensino vem de Deus ou se falo por Mim mesmo” (Jo 7:17, NVI).
Ouvir e praticar a Palavra de Deus é uma expressão de amor a Ele. “Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra; e o Meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14:23).
Qual é a relação entre o amor a Jesus e a obediência? Por que qualquer suposta “obediência” que não esteja fundamentada no amor corre o risco de cair no legalismo?
Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico.
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Temas do Evangelho de João. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 518, out. nov. dez. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.
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