Indignação justa
Lições da Bíblia1:
Embora haja muitas formas inadequadas de ira, a Bíblia também ensina que existe uma “indignação justa”.
Imagine uma mãe observando a filha de três anos brincando no parquinho e, de repente, um homem ataca sua filha. Ela não deveria ficar irada? Claro! A ira é a resposta adequada do amor em tal circunstância. Esse exemplo nos ajuda a compreender a “justa indignação” de Deus.
O que a reação de Jesus à forma como o templo estava sendo usado nos diz sobre a ira de Deus contra o mal? Mt 21:12, 13; Jo 2:14, 15
Mt 21:12, 13 (NAA)2: “12 Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali vendiam e compravam. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. 13 E disse-lhes: — Está escrito: ‘A minha casa será chamada ‘Casa de Oração’.’ Mas vocês estão fazendo dela um covil de salteadores.”
Jo 2:14, 15 (NAA)2: “14 E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados. 15 Tendo feito um chicote de cordas, expulsou todos do templo, com as ovelhas e os bois. Derramou o dinheiro dos cambistas pelo chão, virou as mesas”
Jesus demonstrou um “zelo piedoso”, a justa indignação com aqueles que haviam profanado o templo de Deus, transformando-o em um “covil de salteadores”, e, com isso, explorando viúvas, órfãos e pobres (Mt 21:13; compare com Jo 2:16). Em vez de simbolizar o perdão gracioso de Deus e a purificação dos pecadores, o templo e os rituais religiosos estavam sendo utilizados para enganar e oprimir as pessoas mais vulneráveis. Diante dessa atitude abominável, não seria justo que Jesus ficasse irado?
Marcos apresenta outros dois exemplos de Sua justa indignação. Quando trouxeram crianças a Jesus e “os discípulos os repreendiam”, Ele “indignou-Se”. E então lhes disse: “Deixem que os pequeninos venham a Mim” (Mc 10:13, 14).
Em outra ocasião, quando os fariseus aguardavam para acusar Jesus de violar o sábado ao curar nesse dia, Jesus lhes perguntou: “É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixar morrer?” Ele olhou “em volta, indignado e entristecido com a dureza de coração daquelas pessoas”, e então curou o homem (Mc 3:4, 5). Nessa passagem, a ira de Cristo está associada à tristeza pela dureza de coração. Trata-se da justa indignação do amor, assim como a ira atribuída a Deus no AT. Como poderia o amor não se abalar diante do mal, especialmente quando o mal causa sofrimento às pessoas amadas?
Como evitar a armadilha de justificar a ira egoísta como se fosse “justa indignação”? Por que é comum cair nesse erro e como nos proteger dessa tendência sutil, mas real?
Terça-feira, 28 de janeiro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico.
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.
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