O primeiro mandamento

 Lições da Bíblia1:

O Éden era uma sala de aula para nossos pais, um lugar em que a interação com as criaturas ensinaria a eles e aos seus descendentes sobre Deus. “O santo casal não eram apenas filhos sob o cuidado paternal de Deus, mas alunos recebendo instrução do sábio Criador. […] Os mistérios do universo visível, ‘maravilhas Daquele que é perfeito em conhecimento’ (Jó 37:16), conferiam-lhes uma fonte inesgotável de instrução e prazer” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas [CPB, 2022], p. 26).

1. Leia Gênesis 2:9-17. Qual foi o primeiro mandamento (uma proibição) que Deus deu à humanidade, e por que ele era tão importante?

Gênesis 2:9-17 (NAA)2: “9 Do solo o Senhor Deus fez brotar todo tipo de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. 10 E um rio saía do Éden para regar o jardim e de lá se dividia, repartindo-se em quatro braços. 11 O nome do primeiro é Pisom, que rodeia a terra de Havilá, onde há ouro. 12 O ouro dessa terra é bom; também se encontram lá o bdélio e a pedra de ônix. 13 O nome do segundo rio é Giom; é o que rodeia a terra de Cuxe. 14 O nome do terceiro rio é Tigre; é o que corre pelo leste da Assíria. E o quarto rio é o Eufrates. 15 O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. 16 E o Senhor Deus ordenou ao homem: — De toda árvore do jardim você pode comer livremente, 17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal você não deve comer; porque, no dia em que dela comer, você certamente morrerá.

O primeiro uso do verbo hebraico tsavah (traduzido como “ordenar”) ocorre em Gênesis 2:16 e 17, em que Deus deu aos seres humanos a ordem de não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Como algum conhecimento pode ser proibido? Não é sempre benéfico experimentar mais e conhecer mais?

Segundo as Escrituras, a resposta é não. Deus tinha a intenção de transmitir uma educação completa ao Seu povo, poupando-o do sofrimento de longo prazo que algum conhecimento trouxesse, como o que aconteceria depois, quando as pessoas escolhessem governar a si mesmas em vez de serem governadas pelo próprio Senhor.

Milênios depois, quando Israel pediu um rei, o Senhor apresentou as consequências dessa escolha (como vimos na semana passada). Ele também informou que a decisão de se afastar de Seu governo direto duraria até o fim dos tempos.

À medida que os reis se corrompiam, o povo da aliança se tornou tão mundano que Ele lhes deu ainda mais do que desejavam: um governo humano.

É esclarecedor estudar o livro de Daniel tendo em mente esse pano de fundo: percebemos que a marcha dos impérios não é apenas uma acusação contra as “nações”, os gentios, mas também uma acusação contra as falhas de Israel, sua recusa em seguir os mitswot (mandamentos) de Deus. Séculos de dominação, em vez da liberdade dada no Éden, se tornariam uma nova sala de aula na qual corações dispostos poderiam testemunhar o contraste impressionante entre os reinos deste mundo e o reino de Deus.

Quais conhecimentos devem ser evitados? Foi sábia a proibição divina no Éden?

Domingo, 27 de abril de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Alusões, imagens e símbolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 520, abr. maio. jun. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Um anjo atrasado

Regras de engajamento

Corações duros