Qual é o meu valor?
Lições da Bíblia.
“Houve um homem de Ramataim-Zofim, da região montanhosa de Efraim, cujo nome era Elcana, filho de Jeroão, filho de Eliú, filho de Toú, filho de Zufe, efraimita. Tinha ele duas mulheres: uma se chamava Ana, e a outra, Penina; Penina tinha filhos; Ana, porém, não os tinha. Este homem subia da sua cidade de ano em ano a adorar e a sacrificar ao SENHOR dos Exércitos, em Siló. Estavam ali os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, como sacerdotes do SENHOR. No dia em que Elcana oferecia o seu sacrifício, dava ele porções deste a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos e filhas. A Ana, porém, dava porção dupla, porque ele a amava, ainda mesmo que o SENHOR a houvesse deixado estéril. (A sua rival a provocava excessivamente para a irritar, porquanto o SENHOR lhe havia cerrado a madre.) E assim o fazia ele de ano em ano; e, todas as vezes que Ana subia à Casa do SENHOR, a outra a irritava; pelo que chorava e não comia. Então, Elcana, seu marido, lhe disse: Ana, por que choras? E por que não comes? E por que estás de coração triste? Não te sou eu melhor do que dez filhos? Após terem comido e bebido em Siló, estando Eli, o sacerdote, assentado numa cadeira, junto a um pilar do templo do SENHOR, levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao SENHOR, e chorou abundantemente. E fez um voto, dizendo: SENHOR dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha. Demorando-se ela no orar perante o SENHOR, passou Eli a observar-lhe o movimento dos lábios, porquanto Ana só no coração falava; seus lábios se moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma; por isso, Eli a teve por embriagada e lhe disse: Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti esse vinho! Porém Ana respondeu: Não, senhor meu! Eu sou mulher atribulada de espírito; não bebi nem vinho nem bebida forte; porém venho derramando a minha alma perante o SENHOR. Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque pelo excesso da minha ansiedade e da minha aflição é que tenho falado até agora.” (1 Sam. 1:1-16)
“Os sentimentos de Ana não devem ser tão difíceis de entender, especialmente em uma cultura em que não ter filho homem significava não ter nenhuma segurança na velhice. Não ter nenhum filho era entendido como maldição divina. Tanto na esfera pública como na familiar, uma mulher sem filhos tinha que viver com o estigma de ser supostamente amaldiçoada por Deus. Obviamente, esse fato afetava seu valor aos olhos da sociedade, sua própria autoestima e seu relacionamento com Deus. Ana deve ter pensado frequentemente o que havia feito para merecer isso. Por que isso estava acontecendo com ela?”
“Para Ana, a inveja e o senso de ‘não ser ninguém’ criou uma mistura explosiva de emoções que finalmente explodiu quando ela despejou o coração diante do Senhor. O que tornava as coisas ainda piores era que Ana não estava ficando mais jovem. O tempo estava contra ela e, aparentemente, Deus também.”
“Lembre-se de que, no tempo de Ana, o papel de uma mulher na sociedade estava principalmente associado ao parto e à criação dos filhos. Não havia outra possibilidade de fazer carreira. [...] Era só pelos filhos que Ana podia reconhecer o valor de sua vida e deixar um legado. Para ela, sem filhos, a vida não tinha nenhum significado real.”
Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – domingo, 10 de outubro de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico.
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