Lei e fé (Gl 3:15-18)
Lições da Bíblia.
“Mesmo que seus adversários admitissem que a vida de Abraão foi caracterizada principalmente pela fé, Paulo sabia que eles ainda questionariam por que Deus deu a lei a Israel cerca de quatro séculos depois de Abraão. A promulgação da lei não anulou algum acordo anterior?”
“1. Qual é o objetivo da analogia de Paulo entre o testamento de uma pessoa e a aliança de Deus com Abraão?” “Irmãos, falo como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa. Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo. E digo isto: uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa. Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão.” (Gál. 3:15-18). “A lei não invalidou a promessa, nem a aliança anterior de Deus com Abraão.”
“Uma aliança e um testamento geralmente são diferentes. Uma aliança é tipicamente um acordo mútuo entre duas ou mais pessoas, muitas vezes chamada de ‘contrato’ ou ‘tratado’; em contrapartida, o testamento é a declaração de uma única pessoa. A tradução grega do Antigo Testamento, a Septuaginta, nunca traduz a aliança de Deus com Abraão com a palavra grega usada para os acordos mútuos ou contratos (syntheke). Em vez disso, ela usa a palavra para testamento ou vontade final (diatheke). Por quê? Provavelmente porque os tradutores reconheciam que a aliança de Deus com Abraão não era um tratado entre dois indivíduos, no qual são feitas promessas mutuamente obrigatórias. Ao contrário, a aliança de Deus não era baseada em nenhuma outra coisa, a não ser Sua própria vontade. Nenhuma corrente de ‘se’, ‘e’ ou ‘mas’ foi atada. Abraão devia simplesmente confiar na Palavra de Deus.”
“Paulo menciona esse duplo sentido de ‘testamento’ e ‘aliança’, para destacar as características específicas da aliança de Deus com Abraão. Assim como acontece com um testamento humano, a promessa de Deus diz respeito a um beneficiário específico: Abraão e seus descendentes (Gn 12:1-5, Gl 3:16); ela também envolve uma herança (Gn 13:15; 17:8; Rm 4:13; Gl 3:29). O mais importante para Paulo é a natureza imutável da promessa de Deus. Da mesma forma que o testamento de uma pessoa não pode ser alterado, uma vez que tenha entrado em vigor, a promulgação da lei através de Moisés não pode simplesmente anular a aliança anterior de Deus com Abraão. A aliança de Deus é uma promessa [‘Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo.’ Gál. 3:16 ], e de maneira nenhuma Deus quebra Suas promessas [‘que chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei.’ Isa. 46:11; ‘para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta;’ Heb. 6:18].”
“Substitua a palavra aliança por promessa nas passagens a seguir. Qual é a natureza da ‘aliança’ em cada uma delas? Compreender a aliança de Deus como uma promessa pode tornar mais claro o significado da passagem? Como nos ajudam a entender melhor o que é uma aliança? (Gn 9:11-17; 15:18; 17:1-21). O que isso nos ensina, também, sobre o caráter de Deus? Podemos confiar no Senhor?”
Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – domingo 30 de outubro de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF
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