Paulo, o “pregador de rua”

Lições da Bíblia.

“No contexto greco-romano do primeiro século ocorreu uma proliferação de filósofos populares que, nas praças públicas, procuravam influenciar indivíduos e grupos, de modo semelhante ao que os pregadores de rua fazem hoje.”

“Esses filósofos acreditavam que as pessoas tinham uma capacidade interior de mudar sua vida (uma forma de conversão). Eles esperavam que seus discursos públicos e suas conversas particulares produzissem mudanças em seus alunos. Procuravam criar em seus ouvintes dúvidas sobre suas ideias e práticas. Por esse meio, os ouvintes se tornariam abertos a novas ideias e mudanças. O objetivo final era produzir autoconfiança e crescimento moral.”

“Esperava-se que esses filósofos populares obtivessem o direito de falar conquistando primeiramente a liberdade moral na própria vida interior. ‘Médico, cura-te a ti mesmo’ era um conceito bem conhecido no mundo antigo.”

“Esses filósofos também estavam cientes da necessidade de variar a mensagem a fim de atender às diferentes mentalidades, e da importância de manter a integridade tanto no caráter do professor quanto na mensagem que estava sendo ensinada.”

“4. Existem paralelos entre esses mestres populares e Paulo, que também viajava por toda parte e trabalhava em lugares públicos?” “Por isso, dissertava na sinagoga entre os judeus e os gentios piedosos; também na praça, todos os dias, entre os que se encontravam ali.” (Atos 17:17). “Visto que alguns deles se mostravam empedernidos e descrentes, falando mal do Caminho diante da multidão, Paulo, apartando-se deles, separou os discípulos, passando a discorrer diariamente na escola de Tirano. Durou isto por espaço de dois anos, dando ensejo a que todos os habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos.” (Atos 19:9-10). “Paulo pregava em lugares públicos e acreditava que a vida das pessoas podia mudar, mas entendia que Deus é o Autor das mudanças.”

“Existiam paralelos. No entanto, havia duas diferenças significativas entre a abordagem de Paulo e a dos filósofos populares. Em primeiro lugar, Paulo não apenas trabalhava nos lugares públicos, mas também buscava formar uma comunidade duradoura. Isso requeria certa separação do ‘mundo’, juntamente com a formação de laços emocionais e profundo compromisso com o grupo. Em segundo lugar, Paulo ensinava que a conversão não era uma decisão interna, produzida pelo discurso sábio. Ao contrário, era uma obra sobrenatural de Deus, de fora para dentro (leia Gl 4:19; Jo 3:3-8; Fp 1:6). ‘meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós;’ (Gál. 4:19). ‘A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo. O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.’ (João 3:3-8). ‘Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.’ (Filip. 1:6). O ensinamento de Paulo era mais do que apenas uma filosofia. Era a proclamação da verdade e a revelação da poderosa obra de Deus na salvação da humanidade.”

“O lado escuro dos filósofos populares é que eles descobriram um meio fácil de ganhar a vida. Muitos eram interesseiros, nada mais. Alguns exploravam sexualmente seus ouvintes. Embora houvesse professores honestos entre eles, havia, no mundo antigo, bastante ceticismo em relação aos pregadores itinerantes.”

“Paulo procurava evitar parte desse ceticismo recusando geralmente ajuda de seus ouvintes e, em lugar disso, fazendo árduo trabalho manual para se sustentar. Isso, além de seus sofrimentos, demonstrava que ele realmente acreditava no que pregava e que não estava fazendo isso para ganho pessoal. De muitas maneiras, a vida de Paulo era o sermão mais poderoso que ele podia pregar.”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – quarta-feira 18 de julho de 2012. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

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