Cristo, o Senhor do sábado

Lções da Bíblia

“2. Leia Mateus 12:1, 2. O que aconteceu nessa ocasião? Por que os fariseus considerariam ilícita essa prática?”1 “1 Por aquele tempo, em dia de sábado, passou Jesus pelas searas. Ora, estando os seus discípulos com fome, entraram a colher espigas e a comer. 2 Os fariseus, porém, vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer em dia de sábado.” (Mateus 12:1-2 RA)2. Estando com fome, os discípulos colheram espigas de seriais para comer, os fariseus consideram, por ter sido este ato realizado no dia de sábado, uma transgressão da lei. Consideraram, o ato de colher e debulhar os grãos separando-os da casca, o equivalente a realizar uma colheita no dia de sábado, ou seja, uma transgressão do mandamento.

“Deuteronômio 23:25 declara: ‘Quando entrares na seara do teu próximo, com as mãos arrancarás as espigas; porém na seara não meterás a foice.’ O problema, portanto, não era a ação em si, mas o dia em que foi praticada. Os regulamentos rabínicos proibiam expressamente muitos tipos de trabalhos no sábado, como colher, debulhar e peneirar. Na opinião dos fariseus, pelo fato de arrancar as espigas de cereais, esfregá-las com as mãos, e separar o grão da casca, os discípulos se tornaram culpados de cometer os três atos proibidos.”1

“3. Qual é o significado dos exemplos que Jesus usou para responder aos fariseus?” “3 Mas Jesus lhes disse: Não lestes o que fez Davi quando ele e seus companheiros tiveram fome? 4 Como entrou na Casa de Deus, e comeram os pães da proposição, os quais não lhes era lícito comer, nem a ele nem aos que com ele estavam, mas exclusivamente aos sacerdotes? 5 Ou não lestes na Lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? Pois eu vos digo:” (Mateus 12:3-5 RA)2. Jesus usou dois episódios bíblicos, o de Davi, quando comeu os pães da propiciação, e do trabalho dos sacerdotes no dia de sábado. Nesses dois exemplos fica claro que as necessidades humanas estão acima das tradições cerimoniais.

“Com o primeiro exemplo (1Sm 21:1-6), Cristo argumentou que, embora em circunstâncias normais, Davi e seus homens não devessem comer o pão destinado aos sacerdotes (Lv 24:9), nessa situação, visto que a vida deles estava em perigo, suas ações deviam ser consideradas uma transgressão tolerável de uma regra cerimonial. O segundo exemplo mencionado por Jesus (Mt 12:5) diz respeito aos sacrifícios e ofertas ordenados para o dia de sábado no serviço do templo, que eram o dobro do que se oferecia em qualquer outro dia (Nm 28:9, 10). Os próprios judeus reconheciam que o serviço do templo tinha prioridade sobre o sábado.”1

“Depois de citar esses exemplos, Jesus fez duas declarações que reivindicam Sua autoridade para redefinir a opressiva observância do sábado imposta pelos fariseus: (1) ‘O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado’ (Mc 2:27). Nesse texto, Jesus reafirmou a origem edênica do sábado e redefiniu as prioridades incorretas dos fariseus em relação ao homem e o sábado: o sábado foi criado para beneficiar os seres humanos e continua sendo um dom divino a serviço da humanidade, ao contrário da ideia de que a humanidade estava a serviço do sábado. E (2), ao dizer: ‘O Filho do Homem é Senhor também do sábado’ (Mc 2:28), Cristo ratificou Sua posição como Criador e Legislador do sábado. Portanto, somente Ele tinha autoridade para liberar o sábado dessas leis feitas pelo homem.”1

“Os líderes espirituais do povo de Deus acusaram o Senhor do sábado de transgredir o dia que Ele mesmo havia criado e santificado. Que mensagem devemos tirar desse episódio sobre os perigos da cegueira espiritual entre os que deveriam ser sábios para não distorcer a verdade?”1

Segunda-feira, 08 de setembro de 2014. Saiba mais, ouça o Comentário em áudioda Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.

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1 LIÇÕES da escola sabatina. Ensino de Jesus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 477, Jul. Ago. Set. 2014. Adulto, Professor.

2 BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

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