Jesus e o sétimo mandamento
Lições da Bíblia
“4. Como Jesus expandiu o significado da lei em Mateus 5:27, 28? O que Ele disse nos versos 29 e 30? Como devemos entender essas palavras?”1 “27 Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. 28 Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela. 29 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. 30 E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.” (Mateus 5:27-30 RA)2. Jesus ampliou a lei ao revelar que sua observância começa ainda na mente, no coração e depois por ações exteriores. Nos versos 29 e 30 Jesus utilizou uma linguagem metafórica enfatizando a necessidade de nos afastarmos de tudo aquilo que nos induz ao pecado.
“Nessa passagem, Cristo Se referiu a dois mandamentos: o sétimo e o décimo. Até então, os israelitas consideravam adultério apenas a concretização do ato sexual com o cônjuge de outra pessoa. Jesus destacou que, na realidade, por causa do décimo mandamento, o adultério inclui também pensamentos e desejos sensuais.”1
“Nos versos 29 e 30, Cristo usou uma figura de linguagem. Claro, pode-se argumentar que seria melhor passar a vida mutilado do que perder a eternidade com Cristo. No entanto, em vez de apontar para a mutilação, o que seria contrário a outros ensinamentos bíblicos (Lv 19:27, 28; 21:17-20), Jesus estava Se referindo ao controle dos pensamentos e impulsos. Em Sua referência ao ato de arrancar um olho ou cortar uma mão, Cristo estava falando figurativamente acerca da importância de tomar decisões e ações firmes para se guardar contra a tentação e o pecado.”1
“5. O que os fariseus perguntaram a Jesus em Mateus 19:3, e por que essa foi uma pergunta astuciosa? (Leia o v. 7). Qual foi a resposta de Jesus? Mt 19:4-9; compare com Mt 5:31, 32.”1 “3 Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo? 4 Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher 5 e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? 6 De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. 7 Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? 8 Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio. 9 Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério [e o que casar com a repudiada comete adultério].” (Mateus 19:4-9 RA)2. “31 Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. 32 Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.” (Mateus 5:31-32 RA)2. Perguntaram se a mulher pode ser repudiada por seu marido. A resposta de Jesus foi bem clara, não, exceto por causa de relações sexuais ilícitas.
“Ambos os textos (Mt 5:31; 19:7) estão citando Deuteronômio 24:1. Nos dias de Jesus havia duas escolas rabínicas que interpretavam esse texto de duas formas diferentes: Hilel entendia que o texto permitia o divórcio por quase qualquer motivo, enquanto Shamai interpretava que o texto permitia o divórcio apenas em caso de adultério explícito. Os fariseus estavam tentando induzir Jesus a tomar partido de uma escola ou de outra. No entanto, eles tinham esquecido o fato de que jamais havia sido o plano original de Deus que alguém se divorciasse. Por isso, Jesus disse: ‘O que Deus ajuntou não o separe o homem’ (Mt 19:6). Posteriormente, por causa da ‘dureza’ de seu coração, eles perguntaram por que Deus havia permitido que um homem desse à sua esposa uma ‘carta de divórcio’, caso encontrasse alguma ‘coisa indecente nela’ (Dt 24:1). Cristo corrigiu o abuso dessa passagem enaltecendo a santidade e permanência do casamento: a única causa para o divórcio, diante de Deus, é a ‘imoralidade sexual’ ou ‘relações sexuais ilícitas’ (em grego porneia, literalmente ‘falta de castidade’).”1
“Com que seriedade encaramos a advertência sobre arrancar nossos olhos ou cortar uma das mãos? Que advertência mais forte Ele poderia ter dado sobre o que o pecado pode fazer com nosso destino eterno? Se essa advertência assusta você, muito bem. Ela deve assustar mesmo!”1
Terça-feira, 02 de setembro de 2014. Saiba mais, ouça o Comentário em áudioda Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.
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1 LIÇÕES da escola sabatina. Ensino de Jesus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 477, Jul. Ago. Set. 2014. Adulto, Professor.
2 BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
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