A dor dos outros
Lições da Bíblia
“Jó concluiu seu primeiro lamento, conforme registrado no
capítulo 3. Nos dois capítulos seguintes, um de seus amigos, Elifaz, pregou-lhe
um sermão e o repreendeu (voltaremos a esse tema na semana que vem). Nos
capítulos 6 e 7, Jó continuou falando de seu sofrimento.”1
“4. ‘Oh! Se a minha queixa, de
fato, se pesasse, e contra ela, numa balança, se pusesse a minha miséria, esta,
na verdade, pesaria mais que a areia dos mares’ (Jó 6:2, 3). Como Jó
expressou sua dor? Marque verdadeiro (V) ou falso (F).”1
( ) Jó expressou sua dor através de uma metáfora.
( ) Ele expressou sua dor através da própria realidade do
fato.
Resposta: V e F
“Essa imagem nos dá uma ideia de como Jó enxergava seu
sofrimento. Se toda a areia do mar estivesse em um lado da balança e sua ‘dor’ e
a ‘calamidade’ no outro, os seus sofrimentos excederiam o peso de toda a
areia.”1
“O sofrimento de Jó era muito real para ele. Esse sofrimento
era apenas dele e de ninguém mais. Às vezes ouvimos falar do conceito da ‘soma
do sofrimento humano’. Porém, isso não expressa bem a verdade. Não sofremos em
grupos. Não sofremos a dor de ninguém, apenas a nossa própria. Conhecemos
somente nossa dor, nosso sofrimento. A dor de Jó, por maior que tenha sido, não
foi maior do que a dor que outras pessoas poderiam sofrer. Algumas pessoas
bem-intencionadas poderiam dizer a alguém: ‘Eu sinto sua dor’. Não sentem; elas
não podem sentir. Tudo o que podem experimentar é a própria dor, que pode vir em
resposta ao sofrimento de outra pessoa. Mas é sempre e somente isso, a dor
própria, não a de outra pessoa.”1
“Ouvimos falar em desastres provocados pelo próprio ser humano
ou por outras causas, com alto número de mortes. O número de mortos ou de
feridos nos choca. Mal podemos imaginar um sofrimento de tamanha proporção. Mas
no caso de Jó, e também de toda a humanidade caída desde Adão e Eva até o fim
deste mundo, todos os seres caídos que já viveram puderam conhecer somente seu
próprio sofrimento e não mais que isso.”1
“É evidente que jamais devemos menosprezar o sofrimento
individual e, sendo cristãos, somos chamados a aliviar o sofrimento quando e
onde pudermos (veja Tg 1:27 [‘A religião pura e sem mácula,
para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas
tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do
mundo.’]2; Mt 25:34-40 [‘34 então, dirá o
Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse
do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. 35 Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de
beber; era forasteiro, e me hospedastes; 36 estava
nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. 37
Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te
vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? 38
E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te
vestimos? 39 E quando te vimos enfermo ou preso e te
fomos visitar? 40 O Rei, respondendo, lhes dirá: Em
verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos
irmãos, a mim o fizestes.’]2). Entretanto, não importa quanto
sofrimento exista no mundo, podemos ser gratos pelo fato de que nenhum ser
humano caído sofre mais do que pode suportar. Há somente uma exceção, como
veremos na lição 12.”1
“Reflita sobre a ideia de que o sofrimento humano está
limitado apenas a cada indivíduo. Isso pode lhe ajudar a enxergar o problema do
sofrimento em uma perspectiva diferente?”1
Terça-feira, 25 de outubro de 2016. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.
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1 LIÇÕES da escola sabatina. O livro de Jó. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 486, Out. Nov. Dez. 2016. Adulto, Professor.
2 BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
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