Inventores de mentiras
Lições da Bíblia
“Até o tolo, quando se cala, é reputado por
sábio; e o que cerra os seus lábios é tido por entendido” (Pv
17:28, ACF).1
“Podemos dizer muita coisa sobre Jó, mas não dá para declarar
que ele ficaria ali sentado, em meio ao seu sofrimento, ouvindo em silêncio as
palavras que seus amigos lhe dirigiam. Ao contrário, em grande parte de seu
livro, Jó rebateu o que sabia ser uma mistura de verdade e erro. Como vimos,
aqueles três homens não estavam demonstrando muito tato e solidariedade. Eles
alegavam falar em nome de Deus ao justificarem o que havia acontecido com Jó.
Basicamente eles disseram que Jó estava recebendo o que merecia, ou que ele
merecia coisas ainda piores! Qualquer uma dessas linhas de raciocínio já teria
sido ruim o bastante, mas todas as três juntas (e ainda outras) já era demais!
Então, Jó as rebateu.”1
“1. Leia Jó 13:1-14. Como Jó respondeu ao que
haviam dito a ele? Quais foram seus argumentos?”1
"1 Eis que tudo isso viram os meus olhos, e
os meus ouvidos o ouviram e entenderam. 2 Como vós o sabeis, também eu o sei; não vos sou
inferior. 3 Mas falarei ao Todo-Poderoso e
quero defender-me perante Deus. 4 Vós, porém,
besuntais a verdade com mentiras e vós todos sois médicos que não valem
nada. 5 Tomara vos calásseis de
todo, que isso seria a vossa sabedoria! 6 Ouvi agora a minha defesa e atentai para os argumentos dos meus
lábios. 7 Porventura, falareis perversidade em favor
de Deus e a seu favor falareis mentiras? 8 Sereis
parciais por ele? Contendereis a favor de Deus? 9 Ser-vos-ia bom, se ele vos esquadrinhasse? Ou zombareis dele, como
se zomba de um homem qualquer? 10 Acerbamente vos
repreenderá, se em oculto fordes parciais. 11 Porventura, não vos amedrontará a sua dignidade, e não cairá sobre
vós o seu terror? 12 As vossas máximas são
como provérbios de cinza, os vossos baluartes, baluartes de barro.
13 Calai-vos perante mim, e falarei eu, e
venha sobre mim o que vier. 14 Tomarei a
minha carne nos meus dentes e porei a vida na minha mão.” (Jó 13:1-14
ARA)2.
“No capítulo 2 de Jó, vimos que, quando aqueles homens foram
visitá-lo pela primeira vez, não lhe disseram nada durante sete dias.
Considerando o que, por fim, começou a ser dito por eles, essa poderia ser a
melhor abordagem. Com certeza foi isso que Jó pensou.”1
“Perceba também que Jó não apenas disse que aqueles homens
estavam dizendo mentiras, mas que estavam falando mentiras sobre Deus! (Isso é
interessante à luz do que acontece no final do próprio livro [veja Jó 42:7
‘Tendo o SENHOR falado estas palavras a Jó, o SENHOR disse
também a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti e contra os teus
dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo
Jó.’2]). Com certeza seria melhor não falar nada do que falar
coisas erradas. Quem já não sentiu quanto isso é verdade? Porém, parece que
dizer coisas erradas sobre Deus é muito pior. A ironia era que aqueles homens
realmente achavam que estavam defendendo Deus e Seu caráter contra as queixas
amargas de Jó sobre o que havia acontecido. Embora Jó continuasse sem entender
por que todas aquelas coisas haviam lhe acontecido, ele sabia o bastante para
reconhecer que a fala daqueles homens fazia deles ‘inventores de mentiras’ (Jó 13:4).”1
“Você já disse coisas erradas e precipitadas sobre pessoas
ou situações? Você se arrependeu de suas palavras? Como evitar esse erro
novamente?”1
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Domingo, 20 de novembro de 2016. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.
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1 LIÇÕES da escola sabatina. O livro de Jó. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 486, Out. Nov. Dez. 2016. Adulto, Professor.
2 BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
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