A imanência de Deus

Lições da Bíblia
“1. Leia Daniel 2:1-16. Qual foi a crise que os hebreus enfrentaram por causa do sonho que o Senhor deu ao rei?”1
Daniel (2:1-26 ARA)2: “1 No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, teve este um sonho; o seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o sono. 2 Então, o rei mandou chamar os magos, os encantadores, os feiticeiros e os caldeus, para que declarassem ao rei quais lhe foram os sonhos; eles vieram e se apresentaram diante do rei. 3 Disse-lhes o rei: Tive um sonho, e para sabê-lo está perturbado o meu espírito. 4 Os caldeus disseram ao rei em aramaico: Ó rei, vive eternamente! Dize o sonho a teus servos, e daremos a interpretação. 5 Respondeu o rei e disse aos caldeus: Uma coisa é certa: se não me fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas monturo; 6 mas, se me declarardes o sonho e a sua interpretação, recebereis de mim dádivas, prêmios e grandes honras; portanto, declarai-me o sonho e a sua interpretação. 7 Responderam segunda vez e disseram: Diga o rei o sonho a seus servos, e lhe daremos a interpretação. 8 Tornou o rei e disse: Bem percebo que quereis ganhar tempo, porque vedes que o que eu disse está resolvido, 9 isto é: se não me fazeis saber o sonho, uma só sentença será a vossa; pois combinastes palavras mentirosas e perversas para as proferirdes na minha presença, até que se mude a situação; portanto, dizei-me o sonho, e saberei que me podeis dar-lhe a interpretação. 10 Responderam os caldeus na presença do rei e disseram: Não há mortal sobre a terra que possa revelar o que o rei exige; pois jamais houve rei, por grande e poderoso que tivesse sido, que exigisse semelhante coisa de algum mago, encantador ou caldeu. 11 A coisa que o rei exige é difícil, e ninguém há que a possa revelar diante do rei, senão os deuses, e estes não moram com os homens. 12 Então, o rei muito se irou e enfureceu; e ordenou que matassem a todos os sábios da Babilônia. 13 Saiu o decreto, segundo o qual deviam ser mortos os sábios; e buscaram a Daniel e aos seus companheiros, para que fossem mortos. 14 Então, Daniel falou, avisada e prudentemente, a Arioque, chefe da guarda do rei, que tinha saído para matar os sábios da Babilônia. 15 E disse a Arioque, encarregado do rei: Por que é tão severo o mandado do rei? Então, Arioque explicou o caso a Daniel. 16 Foi Daniel ter com o rei e lhe pediu designasse o tempo, e ele revelaria ao rei a interpretação.”
“Os sonhos eram levados a sério no mundo antigo. Quando um sonho parecia um mau presságio, muitas vezes ele indicava um desastre iminente. Assim, é compreensível que Nabucodonosor ficasse tão ansioso com um sonho do qual, para tornar as coisas ainda mais agourentas, ele não conseguia mais se lembrar. Sábios babilônios acreditavam que os deuses pudessem revelar a interpretação dos sonhos, mas, no caso desse sonho, não havia nada que os especialistas pudessem fazer porque o rei havia se esquecido do sonho. Se o conteúdo do sonho lhes fosse transmitido, eles encontrariam uma interpretação que agradasse ao rei. Entretanto, naquela situação sem precedentes, quando os especialistas foram incapazes de dizer ao rei do que o sonho se tratava, eles foram forçados a admitir que ninguém havia que pudesse ‘revelar diante do rei’ o seu sonho e a sua interpretação, ‘senão os deuses, e estes não moram com os homens’ (Dn 2:11).”1
“Frustrado, o rei ordenou que os sábios de Babilônia fossem mortos. Tal atrocidade não era desconhecida no mundo antigo. Fontes históricas atestam que, por causa de uma conspiração, Dario I mandou executar todos os magos, e Xerxes ordenou que fossem mortos os engenheiros que tinham construído uma ponte que acabou desmoronando. Quando Nabucodonosor publicou seu decreto, Daniel e seus companheiros haviam acabado de concluir o treinamento e tinham sido admitidos no círculo de especialistas do rei. Por isso, o decreto de morte se aplicava também a eles. Na realidade, o idioma original sugere que o assassinato teria começado imediatamente, e Daniel e seus amigos seriam executados em seguida. Mas Daniel, ‘avisada e prudentemente’ (Dn 2:14), abordou Arioque, o homem encarregado de efetuar as execuções. Por fim, Daniel pediu tempo ao rei para decifrar o mistério. Curiosamente, embora o rei tivesse acusado os magos de tentar ‘ganhar tempo’, ele prontamente atendeu ao pedido de Daniel. Aquele jovem hebreu certamente concordava com a afirmação dos magos de que nenhum ser humano podia resolver aquele mistério, mas o servo do Senhor também conhecia o Deus que podia revelar tanto o conteúdo quanto a interpretação do sonho.”1
“Os teólogos falam sobre a ‘imanência’ de Deus. Embora distinto da criação, Ele pode estar próximo dela. O sonho que o Senhor deu a Nabucodonosor seria uma prova de que Ele é muito imanente em relação aos seres humanos? (Veja também At 17:28 [‘pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.’]).”1
“Volte seus pensamentos a Deus em oração várias vezes ao longo do dia.”1
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Daniel. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 499, jan. fev. mar. 2020. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

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