O argumento do perdão (Isaías 1:18)

 Lições da Bíblia1

6. O que o Senhor disse em Isaías 1:18? Assinale a alternativa correta:

Isaías 1:18 (ARA)2: “Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã.”

A ( ) Que o povo devia fazer mais holocaustos e sacrifícios.
B ( ) Que os pecados do povo poderiam se tornar brancos como a neve.

Resposta sugestiva: Alternativa B.

Deus apresentou poderosas evidências de que os judeus, os acusados, eram culpados de quebra de acordo (Is 1:2-15) e apelou para que eles passassem por uma reforma (Is 1:16, 17). Esse apelo sugere que havia esperança. Afinal, por que instigar um criminoso que merece execução a mudar seu comportamento? Como um prisioneiro no corredor da morte poderia repreender ao opressor, defender o direito do órfão e pleitear a causa das viúvas? Mas quando Deus diz: “Venham, pois, e vamos discutir a questão” (Is 1:18), Ele ainda buscava argumentar com Seu povo, ainda buscava fazê-lo se arrepender e se desviar de seus maus caminhos, não importando quanto eles haviam se tornado degenerados.

O Senhor lhes disse que seus pecados, embora fossem vermelhos como o carmesim, se tornariam brancos. Por que os pecados são vermelhos? Porque vermelho é a cor do “sangue” (culpa de sangue) que enchia as mãos do povo (Is 1:15). Branco, por outro lado, representa a cor da pureza, a ausência da culpa de sangue. Nesse texto, Deus Se oferece para transformar Seu povo. Esse é o tipo de linguagem que o rei Davi utilizou quando clamou a Deus pelo perdão de seu pecado de tomar Bate-Seba e de destruir o marido dela (Sl 51:7, 14). Em Isaías 1:18, o argumento de Deus é uma oferta de perdão ao Seu povo!

7. Como a oferta divina de perdão servia de argumento para que os judeus mudassem seu comportamento? Compare Isaías 1:18 com Isaías 44:22.

Isaías 44:22 (ARA)2: “Desfaço as tuas transgressões como a névoa e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi.”

Agora vemos o propósito das incisivas palavras de advertência de Deus. Elas não foram ditas para rejeitar o povo, mas para trazê-lo de volta a Ele. Sua oferta de perdão é o argumento que sustenta Seu apelo para que o povo se purifique (Is 1:16, 17). Seu perdão possibilita a transformação por Seu poder. Aqui vemos as sementes da “nova aliança” (Jr 31:31-34 [“31 Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. 32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor. 33 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 34 Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.”]), fundamentada no perdão. Começamos “no vermelho”, com uma dívida que nunca poderíamos pagar. Com humilde reconhecimento da nossa necessidade de perdão, estamos prontos para aceitar o que Deus tem para dar.

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Isaías: Consolo para o povo de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 503, jan. fev. mar. 2021. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

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