O rei está morto. Vida longa ao rei!

 Lições da Bíblia1

1. Isaías 6:1 fala sobre a morte do rei Uzias. De acordo com 2 Crônicas 26, qual é o significado da morte dele?

Isaías 6:1 (ARA)2: “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo.”

2 Crônicas 26 (ARA)2: “1 Todo o povo de Judá tomou a Uzias, que era de dezesseis anos, e o constituiu rei em lugar de Amazias, seu pai. 2 Ele edificou a Elate e a restituiu a Judá, depois que o rei descansou com seus pais. 3 Uzias tinha dezesseis anos quando começou a reinar e cinquenta e dois anos reinou em Jerusalém. Era o nome de sua mãe Jecolias, de Jerusalém. 4 Ele fez o que era reto perante o Senhor, segundo tudo o que fizera Amazias, seu pai. 5 Propôs-se buscar a Deus nos dias de Zacarias, que era sábio nas visões de Deus; nos dias em que buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar. 6 Saiu e guerreou contra os filisteus e quebrou o muro de Gate, o de Jabné e o de Asdode; e edificou cidades no território de Asdode e entre os filisteus. 7 Deus o ajudou contra os filisteus, e contra os arábios que habitavam em Gur-Baal, e contra os meunitas. 8 Os amonitas deram presentes a Uzias, cujo renome se espalhara até à entrada do Egito, porque se tinha tornado em extremo forte. 9 Também edificou Uzias torres em Jerusalém, à Porta da Esquina, à Porta do Vale e à Porta do Ângulo e as fortificou. 10 Também edificou torres no deserto e cavou muitas cisternas, porque tinha muito gado, tanto nos vales como nas campinas; tinha lavradores e vinhateiros, nos montes e nos campos férteis, porque era amigo da agricultura. 11 Tinha também Uzias um exército de homens destros nas armas, que saíam à guerra em tropas, segundo o rol feito pelo escrivão Jeiel e Maaseias, oficial, sob a direção de Hananias, um dos príncipes do rei. 12 O número total dos cabeças das famílias, homens valentes, era de dois mil e seiscentos. 13 Debaixo das suas ordens, havia um exército guerreiro de trezentos e sete mil e quinhentos homens, que faziam a guerra com grande poder, para ajudar o rei contra os inimigos. 14 Preparou-lhes Uzias, para todo o exército, escudos, lanças, capacetes, couraças e arcos e até fundas para atirar pedras. 15 Fabricou em Jerusalém máquinas, de invenção de homens peritos, destinadas para as torres e cantos das muralhas, para atirarem flechas e grandes pedras; divulgou-se a sua fama até muito longe, porque foi maravilhosamente ajudado, até que se tornou forte. 16 Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso. 17 Porém o sacerdote Azarias entrou após ele, com oitenta sacerdotes do Senhor, homens da maior firmeza; 18 e resistiram ao rei Uzias e lhe disseram: A ti, Uzias, não compete queimar incenso perante o Senhor, mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são consagrados para este mister; sai do santuário, porque transgrediste; nem será isso para honra tua da parte do Senhor Deus. 19 Então, Uzias se indignou; tinha o incensário na mão para queimar incenso; indignando-se ele, pois, contra os sacerdotes, a lepra lhe saiu na testa perante os sacerdotes, na Casa do Senhor, junto ao altar do incenso. 20 Então, o sumo sacerdote Azarias e todos os sacerdotes voltaram-se para ele, e eis que estava leproso na testa, e apressadamente o lançaram fora; até ele mesmo se deu pressa em sair, visto que o Senhor o ferira. 21 Assim, ficou leproso o rei Uzias até ao dia da sua morte; e morou, por ser leproso, numa casa separada, porque foi excluído da Casa do Senhor; e Jotão, seu filho, tinha a seu cargo a casa do rei, julgando o povo da terra. 22 Quanto aos mais atos de Uzias, tanto os primeiros como os últimos, o profeta Isaías, filho de Amoz, os escreveu. 23 Descansou Uzias com seus pais, e, com seus pais, o sepultaram no campo do sepulcro que era dos reis; porque disseram: Ele é leproso. E Jotão, seu filho, reinou em seu lugar.”

Diferentes perspectivas podem ser apresentadas em relação à morte desse rei:

1. Embora o reinado de Uzias tenha sido longo e próspero, “depois que Uzias se tornou poderoso, o seu orgulho provocou a sua queda” (2Cr 26:16, NVI), e ele tentou oferecer incenso no templo. Quando os sacerdotes tentaram impedi-lo, pois ele não tinha autorização para fazer isso, em virtude de não ser descendente de Arão (2Cr 26:18), o rei ficou irado. Naquele momento, o Senhor imediatamente o atingiu com lepra, que ele teve “até ao dia da sua morte; e morou, por ser leproso, numa casa separada, porque foi excluído da Casa do Senhor” (2Cr 26:21). Que ironia Isaías ter tido uma visão do puro, imortal e divino Rei em Sua casa/templo no mesmo ano em que o impuro rei humano havia morrido!

2. Há um contraste marcante entre Uzias e Isaías. Uzias buscou a santidade com presunção, pelo motivo errado (orgulho) e, em vez disso, ­tornou-se ritualmente impuro, de modo que foi separado da santidade. Isaías, por outro lado, permitiu que a santidade de Deus o alcançasse. Admitiu sua fraqueza e ansiava pela pureza moral, o que acabou recebendo (Is 6:5-7). Como o coletor de impostos na parábola de Jesus, ele foi embora justificado: “Porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lc 18:14).

3. Há uma semelhança impressionante entre o corpo leproso de Uzias e a condição moral do povo: “Não há nada são, a não ser feridas, contusões e chagas abertas” (Is 1:6).

4. A morte de Uzias, aproximadamente em 740 a.C., marca uma grande crise na liderança do povo de Deus. A morte de qualquer governante absoluto já torna seu país vulnerável durante uma transição de poder. Mas Judá estava especialmente em perigo, pois Tiglate-Pileser III havia subido ao trono da Assíria alguns anos antes, em 745 a.C., e imediatamente entrou numa campanha militar que fez de sua nação uma superpotência invencível, ameaçando a existência independente de todas as nações do Oriente Próximo. Naquele momento de crise, Deus encorajou Isaías, mostrando ao profeta que Ele ainda estava no controle.

Leia com atenção 2 Crônicas 26:16. De que maneira podemos cair na mesma armadilha? Como a meditação sobre o sacrifício de Jesus na cruz nos protege desse engano?

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Isaías: Consolo para o povo de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 503, jan. fev. mar. 2021. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

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