A decadência da grande Babilônia (Is 13:2-22)

 Lições da Bíblia1

Em 626 a.C. o caldeu Nabopolassar restaurou a glória babilônica ao ­tornar-se rei de Babilônia, iniciando a dinastia neobabilônica e participando (com a Média) na derrota da Assíria. Seu filho, Nabucodonosor II, foi o rei que conquistou e exilou Judá.

2. Como Babilônia finalmente acabou? Dn 5

Daniel 5 (ARA)2: “1 O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil. 2 Enquanto Belsazar bebia e apreciava o vinho, mandou trazer os utensílios de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai, tirara do templo, que estava em Jerusalém, para que neles bebessem o rei e os seus grandes, as suas mulheres e concubinas. 3 Então, trouxeram os utensílios de ouro, que foram tirados do templo da Casa de Deus que estava em Jerusalém, e beberam neles o rei, os seus grandes e as suas mulheres e concubinas. 4 Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra. 5 No mesmo instante, apareceram uns dedos de mão de homem e escreviam, defronte do candeeiro, na caiadura da parede do palácio real; e o rei via os dedos que estavam escrevendo. Então, se mudou o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos batiam um no outro. 7 O rei ordenou, em voz alta, que se introduzissem os encantadores, os caldeus e os feiticeiros; falou o rei e disse aos sábios da Babilônia: Qualquer que ler esta escritura e me declarar a sua interpretação será vestido de púrpura, trará uma cadeia de ouro ao pescoço e será o terceiro no meu reino. 8 Então, entraram todos os sábios do rei; mas não puderam ler a escritura, nem fazer saber ao rei a sua interpretação. 9 Com isto, se perturbou muito o rei Belsazar, e mudou-se-lhe o semblante; e os seus grandes estavam sobressaltados. 10 A rainha-mãe, por causa do que havia acontecido ao rei e aos seus grandes, entrou na casa do banquete e disse: Ó rei, vive eternamente! Não te turbem os teus pensamentos, nem se mude o teu semblante. 11 Há no teu reino um homem que tem o espírito dos deuses santos; nos dias de teu pai, se achou nele luz, e inteligência, e sabedoria como a sabedoria dos deuses; teu pai, o rei Nabucodonosor, sim, teu pai, ó rei, o constituiu chefe dos magos, dos encantadores, dos caldeus e dos feiticeiros, 12 porquanto espírito excelente, conhecimento e inteligência, interpretação de sonhos, declaração de enigmas e solução de casos difíceis se acharam neste Daniel, a quem o rei pusera o nome de Beltessazar; chame-se, pois, a Daniel, e ele dará a interpretação. 13 Então, Daniel foi introduzido à presença do rei. Falou o rei e disse a Daniel: És tu aquele Daniel, dos cativos de Judá, que o rei, meu pai, trouxe de Judá? 14 Tenho ouvido dizer a teu respeito que o espírito dos deuses está em ti, e que em ti se acham luz, inteligência e excelente sabedoria. 15 Acabam de ser introduzidos à minha presença os sábios e os encantadores, para lerem esta escritura e me fazerem saber a sua interpretação; mas não puderam dar a interpretação destas palavras. 16 Eu, porém, tenho ouvido dizer de ti que podes dar interpretações e solucionar casos difíceis; agora, se puderes ler esta escritura e fazer-me saber a sua interpretação, serás vestido de púrpura, terás cadeia de ouro ao pescoço e serás o terceiro no meu reino. 17 Então, respondeu Daniel e disse na presença do rei: Os teus presentes fiquem contigo, e dá os teus prêmios a outrem; todavia, lerei ao rei a escritura e lhe farei saber a interpretação. 18 Ó rei! Deus, o Altíssimo, deu a Nabucodonosor, teu pai, o reino e grandeza, glória e majestade. 19 Por causa da grandeza que lhe deu, povos, nações e homens de todas as línguas tremiam e temiam diante dele; matava a quem queria e a quem queria deixava com vida; a quem queria exaltava e a quem queria abatia. 20 Quando, porém, o seu coração se elevou, e o seu espírito se tornou soberbo e arrogante, foi derribado do seu trono real, e passou dele a sua glória. 21 Foi expulso dentre os filhos dos homens, o seu coração foi feito semelhante ao dos animais, e a sua morada foi com os jumentos monteses; deram-lhe a comer erva como aos bois, e do orvalho do céu foi molhado o seu corpo, até que conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele. 22 Tu, Belsazar, que és seu filho, não humilhaste o teu coração, ainda que sabias tudo isto. 23 E te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram trazidos os utensílios da casa dele perante ti, e tu, e os teus grandes, e as tuas mulheres, e as tuas concubinas bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste. 24 Então, da parte dele foi enviada aquela mão que traçou esta escritura. 25 Esta, pois, é a escritura que se traçou: Mene, Mene, Tequel e Parsim. 26 Esta é a interpretação daquilo: Mene: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele. 27 Tequel: Pesado foste na balança e achado em falta. 28 Peres: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas. 29 Então, mandou Belsazar que vestissem Daniel de púrpura, e lhe pusessem cadeia de ouro ao pescoço, e proclamassem que passaria a ser o terceiro no governo do seu reino. 30 Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus. 31 E Dario, o medo, com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino.

Em 539 a.C., quando Ciro, o persa, conquistou Babilônia para o Império Medo-Persa (Dn 5), a cidade perdeu sua independência para sempre. Em 482 a.C., Xerxes I reprimiu brutalmente uma revolta de Babilônia contra o domínio persa. Ele removeu a estátua de Marduque, o deus principal, e parece ter danificado algumas fortificações e templos.

Alexandre, o Grande, tomou, sem esforço, Babilônia dos persas em 331 a.C. Apesar de seu efêmero sonho de fazer de Babilônia sua capital oriental, a cidade declinou ao longo de vários séculos. Em 198 d.C., o romano Sétimo Severo encontrou Babilônia completamente deserta. Portanto, a grande cidade terminou abandonada. Hoje, alguns moradores iraquianos moram em partes do antigo local, mas não reconstruíram a cidade.

A destruição de Babilônia, descrita em Isaías 13, libertaria os descendentes de Jacó, que foram oprimidos por essa cidade (Is 14:1-3). Isso foi cumprido quando Ciro conquistou Babilônia em 539 a.C. Embora ele não a tivesse destruído, aquele foi o início de seu fim, e ela nunca mais ameaçou o povo de Deus.

Isaías 13 dramatiza a queda de Babilônia como um juízo divino. Os guerreiros que tomariam a cidade seriam agentes de Deus (Is 13:2-5). O tempo do juízo é chamado de “o Dia do SENHOR” (Is 13:6, 9), e a ira de Deus é tão poderosa que afeta as estrelas, o Sol, a Lua, os céus e a Terra (Is 13:10, 13).

Compare com Juízes 5, em que o cântico de Débora e Baraque descreve o Senhor saindo com tremores da Terra e com chuva do Céu (Jz 5:4). Juízes 5:20, 21 retrata os elementos da natureza, inclusive as estrelas, lutando contra o opressor estrangeiro.

Imagine que uma pessoa que vivesse em Babilônia no auge de sua glória tivesse lido essas palavras de Isaías 13, particularmente Isaías 13:19-22. Essas palavras teriam soado como tolas e impossíveis! Quais outras profecias, ainda não cumpridas, parecem tolas e impossíveis para nós hoje? No entanto, por que seríamos tolos se as rejeitássemos?

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Isaías: Consolo para o povo de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 503, jan. fev. mar. 2021. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

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