Um Profeta semelhante a você

Lições da Bíblia1

Repetidamente, o Senhor advertiu Israel a não seguir as práticas das nações vizinhas. Ao contrário, ele deveria testemunhar a essas nações (Dt 4:6-8). Em Deuteronômio 18:9-14, Moisés outra vez o advertiu sobre práticas específicas que eram “abominação ao Senhor” (Dt 18:12). Nesse contexto, ele disse que os israelitas deviam ser “perfeitos para com o Senhor, seu Deus” (Dt 18:13).

Leia Deuteronômio 18:15-19. O que Moisés disse? Em seguida, compare sua fala com Atos 3:22 e 7:37. Como Pedro e Estêvão aplicam Deuteronômio 18:18?

Deuteronômio 18:15-19 (ARA)2: “15 O Senhor, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás, 16 segundo tudo o que pediste ao Senhor, teu Deus, em Horebe, quando reunido o povo: Não ouvirei mais a voz do Senhor, meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. 17 Então, o Senhor me disse: Falaram bem aquilo que disseram. 18 Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. 19 De todo aquele que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, disso lhe pedirei contas.

Atos 3:22 (ARA)2: “Disse, na verdade, Moisés: O Senhor Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser.

Atos 7:37 (ARA)2: “Foi Moisés quem disse aos filhos de Israel: Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim.”

Deuteronômio 18:18 (ARA)2: “Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.”

Em referência à aliança no Sinai, Moisés falou de como os filhos de Israel, na revelação da lei de Deus (Êx 20:18-21), queriam que o servo de Deus fosse um mediador, um intercessor entre eles e o Senhor. Então Moisés lhes prometeu, duas vezes (Dt 18:15, 18), que o Senhor levantaria um profeta como ele, e que esse profeta, como Moisés, seria, entre outras coisas, também um intercessor entre o povo e o Senhor.

Muitos séculos depois, Pedro e Estêvão citaram o texto em referência a Jesus. Para Pedro, Jesus era o cumprimento do que havia sido falado pela “boca dos Seus santos profetas desde a antiguidade” (At 3:21), e os líderes deveriam obedecer às Suas palavras. Ou seja, Pedro usou esse texto, que os judeus conheciam, e o aplicou a Jesus, com a ideia de que eles precisavam se arrepender pelo que tinham feito a Ele (At 3:19).

Em seguida, em Atos 7:37, Estêvão, embora em um contexto diferente do de Pedro, também se referiu a essa famosa promessa e afirmou que ela apontava para Jesus. Ele quis dizer que Moisés, em seu papel na história como líder dos judeus, havia prefigurado Jesus. Assim como Pedro, Estêvão mostrou ao povo que Cristo Jesus era o cumprimento de uma profecia e que eles precisavam ouvi-Lo. Ao contrário da acusação feita pelos judeus contra Estêvão, de que ele estava falando “blasfêmias contra Moisés e contra Deus” (At 6:11), o servo de Deus proclamou o Senhor Jesus como Messias, cumprimento direto do que Deus havia prometido por meio da profecia de Moisés.

Como esses versos nos mostram a centralidade de Jesus em toda a Bíblia, e por que todo o nosso entendimento dela deve ser centrado em Cristo?

Quarta-feira, 15 de dezembro de 2021. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. A verdade presente em Deuteronômio. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 506, out. nov. dez. 2021. Adulto, Professor. 

2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. 

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