O crime

 Lições da Bíblia1

3. Leia Gênesis 4:3-8. O que levou Caim a matar seu irmão? Veja também 1 João 3:12.

Gênesis 4:3-8 (ARA)2: “3 Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. 4 Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; 5 ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante. 6 Então, lhe disse o Senhor: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? 7 Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo. 8 Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou.

eaeae21 João 3:12 (ARA)2: “não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.

A reação de Caim foi dupla: “Caim ficou muito irritado e fechou a cara” (Gn 4:5). Ao que parece, a raiva de Caim foi dirigida a Deus e a Abel. Ele sentiu raiva de Deus porque pensava que estava sendo vítima de injustiça, e raiva de Abel porque tinha ciúmes de seu irmão. Ciúmes de quê? Devido à oferta? É evidente que algo mais aconteceu nos bastidores e que não é revelado nesses poucos textos. Caim entristeceu-se, pois sua oferta não havia sido aceita.

As duas perguntas de Deus em Gênesis 4:6 estão relacionadas às duas condições de Caim. Observe que o Senhor não o acusou. Da mesma forma que fez com Adão, Deus fez perguntas, não porque não soubesse as respostas, mas porque desejava que Caim olhasse para si mesmo e entendesse a razão de sua própria condição. Como sempre, o Senhor procura redimir Seu povo, mesmo quando este O abandona abertamente. Então, depois de perguntar, Deus aconselhou Caim.

Primeiro, o exortou a “fazer o bem”. Foi um chamado ao arrependimento e à mudança de atitude. Deus prometeu a Caim que ele seria “aceito” e perdoado; mas isso deveria acontecer nos termos Dele, não nos de Caim.

Por outro lado, “se não fizer o que é certo, eis que o pecado está à porta, à sua espera. O desejo dele será contra você, mas é necessário que você o domine” (Gn 4:7). O conselho divino revelou a raiz do pecado e esta se encontrava no próprio Caim. Novamente, Deus o aconselhou, procurando guiá-lo no caminho que devia seguir.

O segundo conselho divino diz respeito à atitude que se deveria tomar em relação àquele pecado, que estava à porta e cujo desejo era contra Caim. Deus recomendou autocontrole: “é necessário que você o domine”. O mesmo princípio ecoa em Tiago: “cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz” (Tg 1:14). O evangelho oferece não só o perdão, mas também a vitória sobre o pecado (1Co 10:13). Caim não tinha ninguém para culpar por seu pecado, exceto a si mesmo. Em geral, não é isso também o que acontece a todos nós?

O que essa história triste ensina sobre o livre-arbítrio e sobre o fato de que Deus não nos força a obedecer?

Terça-feira, 12 de abril de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

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