Os mortos não sabem nada
Lições da Bíblia1
4. Leia Jó 3:11-13; Salmos 115:17; 146:4 e Eclesiastes 9:5, 10. O que aprendemos nesses textos sobre a condição do ser humano na morte?
Jó 3:11-13 (ARA)2: “11 Por que não morri eu na madre? Por que não expirei ao sair dela? 12 Por que houve regaço que me acolhesse? E por que peitos, para que eu mamasse? 13 Porque já agora repousaria tranquilo; dormiria, e, então, haveria para mim descanso, 14 com os reis e conselheiros da terra que para si edificaram mausoléus; 15 ou com os príncipes que tinham ouro e encheram de prata as suas casas; 16 ou, como aborto oculto, eu não existiria, como crianças que nunca viram a luz. 17 Ali, os maus cessam de perturbar, e, ali, repousam os cansados.”
Salmo 115:17 (ARA)2: “Os mortos não louvam o Senhor, nem os que descem à região do silêncio.”
Salmo 146:4 (ARA)2: “Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios.”
Eclesiastes 9:5, 10 (ARA)2: “5 Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. […] 10 Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.”
Alguns argumentam que essas passagens (Jó 3:11-13; Sl 115:17; 146:4; Ec 9:5, 10), escritas em linguagem poética, não podem ser usadas para definir a condição do ser humano na morte. É verdade que, às vezes, a poesia pode ser ambígua e facilmente mal interpretada, mas não é esse o caso quanto a esses versos. Sua linguagem é clara e seus conceitos estão em plena harmonia com os ensinamentos do AT sobre o assunto.
Primeiro, em Jó 3, o patriarca lamenta o próprio nascimento (Nos momentos mais terríveis, quem não desejou nunca ter nascido?). Reconhecia que, se tivesse morrido ao nascer, estaria dormindo e em repouso (Jó 3:11, 13).
O Salmo 115 define o local em que os mortos são mantidos como um lugar de silêncio, porque “os mortos não louvam o Senhor” (Sl 115:17). Isso não parece descrever que os mortos, os fiéis (e agradecidos), estejam no Céu adorando a Deus.
De acordo com o Salmo 146, as atividades mentais do indivíduo cessam com a morte (Sl 146:4).
Eclesiastes 9 acrescenta que “os mortos não sabem nada” e, na sepultura, “não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” (Ec 9:5, 10). Essas declarações confirmam o ensino bíblico de que os mortos são inconscientes.
O ensino bíblico da inconsciência na morte não deve gerar pânico nos cristãos. Primeiro, não há inferno de fogo eterno, nem purgatório temporário esperando pelos que morrem perdidos. Segundo, há uma recompensa maravilhosa esperando por aqueles que morrem em Cristo. Não é de admirar que “para aquele que crê, a morte é de pouca importância […]. Para o cristão, a morte é apenas um sono, um momento de silêncio e escuridão. A vida está escondida com Cristo em Deus, e ‘quando Cristo, que é a nossa vida, Se manifestar, então, vós também sereis manifestados com Ele, em glória’” (Cl 3:4; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 632).
Pense nos salvos. Eles fecham os olhos na morte e, quer fiquem na sepultura por 1.500 anos ou por 5 meses, não faz diferença para eles. A próxima coisa que verão será o retorno de Cristo. Como, então, os mortos estão em melhor condição que os vivos?
Quarta-feira, 12 de outubro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico.
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Vida, morte e eternidade. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 510, out. nov. dez. 2022. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
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