Rejeição e aceitação
Lições da Bíblia1:
6. Por que as pessoas da cidade de Jesus O rejeitaram? Mc 6:1-6
Mc 6:1-6 (NAA)2: 1 Tendo saído dali, Jesus foi para a sua terra, e os seus discípulos o acompanharam. 2 Chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga, e muitos, ouvindo-o, se maravilhavam, dizendo: — De onde lhe vem tudo isso? Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? 3 Não é este o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? As suas irmãs não vivem aqui entre nós? E escandalizavam-se por causa dele. 4 Jesus, porém, lhes disse: — Nenhum profeta é desprezado, a não ser na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa. 5 Não pôde fazer ali nenhum milagre, a não ser curar uns poucos doentes, impondo-lhes as mãos. 6 E admirava-se da incredulidade deles.”
Normalmente, quando alguém que veio de uma cidade pequena se torna popular, os habitantes do lugar ficam muito contentes. Mas não foi o que ocorreu com os de Nazaré. Eles ficaram ofendidos e surpresos com o sucesso de Jesus como Mestre e operador de milagres. A transformação de carpinteiro em mestre parecia difícil de aceitar. Pode ter havido alguma hostilidade porque Ele fez a maioria de Seus milagres em Cafarnaum (Lc 4:23). E Jesus já havia tido um desentendimento com Sua família (Mc 3:31-35).
7. Leia Marcos 6:7-30. Como a missão dos doze apóstolos estava em contraste com a decapitação de João Batista?
Marcos 6:7-30 (NAA)2: 7 Chamou os doze e passou a enviá-los de dois em dois, dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos. 8 Ordenou-lhes que não levassem nada para o caminho, exceto um bordão; nem pão, nem sacola, nem dinheiro; 9 e que fossem calçados de sandálias e não usassem duas túnicas. 10 E recomendou-lhes: — Quando vocês entrarem numa casa, fiquem ali até saírem daquele lugar. 11 Se em algum lugar não quiserem recebê-los nem ouvi-los, ao saírem dali sacudam o pó dos pés, em testemunho contra eles. 12 Então, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse. 13 Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos enfermos, ungindo-os com óleo. 14 Isto chegou aos ouvidos do rei Herodes, porque o nome de Jesus havia se tornado conhecido. E alguns diziam: ‘João Batista ressuscitou dentre os mortos e, por isso, forças miraculosas operam nele.’ 15 Outros diziam: ‘É Elias.’ Ainda outros diziam: ‘É profeta como um dos antigos profetas.’ 16 Herodes, porém, ouvindo isto, disse: — É João, a quem eu mandei decapitar, que ressuscitou. 17 Porque o próprio Herodes havia mandado prender João e amarrá-lo na prisão, por causa de Herodias, mulher do seu irmão Filipe, com a qual Herodes havia casado. 18 Pois João lhe dizia: ‘Você não tem o direito de viver com a mulher do seu irmão.’ 19 Herodias odiava João Batista e queria matá-lo, mas não conseguia fazer isso. 20 Porque Herodes temia João, sabendo que era homem justo e santo, e o mantinha em segurança. E, quando o ouvia, ficava perplexo, embora gostasse de escutá-lo. 21 Chegando uma ocasião favorável, em que Herodes, no dia do seu aniversário, deu um banquete às autoridades, aos oficiais militares e às pessoas importantes da Galileia, 22 a filha de Herodias entrou no salão e, dançando, agradou a Herodes e aos seus convidados. Então o rei disse à jovem: — Peça o que quiser, e eu lhe darei. 23 E fez este juramento: — O que você me pedir eu lhe darei, mesmo que seja a metade do meu reino. 24 Ela saiu e foi perguntar à mãe: — O que pedirei? A mãe respondeu: — A cabeça de João Batista. 25 No mesmo instante, voltando apressadamente para junto do rei, disse: — Quero que, sem demora, o senhor me dê num prato a cabeça de João Batista. 26 O rei ficou muito triste, mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, não quis negar o pedido da jovem. 27 E, enviando logo o executor, mandou que lhe trouxessem a cabeça de João. Ele foi e o decapitou na prisão, 28 e, trazendo a cabeça num prato, a entregou à jovem, e esta, por sua vez, a entregou à sua mãe. 29 Os discípulos de João, logo que souberam disto, vieram, levaram o corpo dele e o colocaram num túmulo.”
Essa é a terceira história em formato de sanduíche em Marcos (ver a lição 3). A missão dos apóstolos de pregar em todos os lugares está em contraste com a prisão e morte de João Batista. Os discípulos deviam viajar com pouca bagagem e depender de pessoas para o seu sustento. Essa estratégia tornava os missionários dependentes das pessoas a quem serviam, o que os ligava àqueles que precisavam de sua mensagem.
João Batista, porém, não tinha esse vínculo com Herodes e sua família. Sua morte ocorreu de forma chocante, pois a conspiradora Herodias se aproveitou da ambivalência e da luxúria de Herodes. A filha de Herodias acrescentou ao plano escandaloso o pedido grotesco de que a cabeça de João fosse entregue em um prato.
O silenciamento de João ocorreu ao mesmo tempo em que os apóstolos pregavam o arrependimento, assim como o Batista havia feito. A morte de João prenuncia a de Jesus. João foi morto e sepultado, e é dito que teria ressuscitado (Mc 6:14-16, 29), como aconteceria com Jesus (Mc 15; 16). Essas histórias paralelas apontam para uma crise que seria enfrentada por Jesus e Seus seguidores.
Você já foi rejeitado ou passou por uma crise difícil de entender? O que aprendeu com essa experiência que possa ajudá-lo na próxima vez que algo semelhante acontecer?
Quata-feira, 31 de julho de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico.
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O Evangelho de Marcos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 517, jul. ago. set. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.
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