O maior mandamento

 Lições da Bíblia1:

6. Que pergunta profunda fez o amigável escriba, e que resposta Jesus deu a ele? Mc 12:28-34

Mc 12:28-34 (NAA)2: 28 Chegando um dos escribas, que ouviu a discussão entre eles e viu que Jesus tinha dado uma boa resposta, perguntou-lhe: — Qual é o principal de todos os mandamentos? 29 Jesus respondeu: — O principal é: ‘Escute, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! 30 Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e com toda a sua força.’ 31 O segundo é: ‘Ame o seu próximo como você ama a si mesmo.’ Não há outro mandamento maior do que estes. 32 Então o escriba disse: — Muito bem, Mestre! E com verdade o senhor disse que ele é o único, e não há outro além dele, 33 e que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e com todas as forças e amar o próximo como a si mesmo é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios. 34 Vendo Jesus que o escriba havia respondido sabiamente, declarou-lhe: — Você não está longe do Reino de Deus. E ninguém mais ousava fazer perguntas a Jesus.”

Até agora no evangelho de Marcos, a maioria dos líderes, com poucas exceções, era hostil a Jesus, especialmente em Jerusalém, onde Ele confrontou a liderança a respeito da adoração no templo – que estava no centro do judaísmo. Assim, o fato de um escriba ouvir as disputas e apreciar as respostas de Jesus mostra sua honestidade e coragem diante da hostilidade prevalecente contra Jesus. Seria mais fácil observar de longe, mesmo para um simpatizante de Jesus. Mas aquele homem não fez isso.

O escriba foi ao cerne da religião ao perguntar qual dos mandamentos é o mais importante. Jesus respondeu com simplicidade e clareza, citando o Shemá, a confissão de fé do judaísmo (Dt 6:4, 5). O maior mandamento, segundo Jesus, é amar a Deus de todo o coração, alma, entendimento e força – isto é, com a totalidade de quem somos. Jesus deu um bônus ao escriba ao apresentar o segundo mandamento mais importante, citando novamente o AT (Lv 19:18), que fala sobre amar o próximo como a si mesmo.

Alguns se perguntam como é possível ordenar o amor. O contexto cultural do mandamento em Deuteronômio nos ajuda a entender essa questão. A linguagem vem de tratados da antiguidade realizados entre duas pessoas ou grupos de pessoas. Nesse contexto, o termo “amor” se refere a ser fiel aos requisitos do tratado, cumprindo-os com fidelidade. Assim, embora não exclua o conceito de afeto profundo entre as partes, o amor está muito mais concentrado em ações que demonstrem essa lealdade.

O escriba foi honesto, viu a clareza e simplicidade da resposta de Jesus e a confirmou. Podemos imaginar o olhar de desconfiança de outros líderes religiosos, uma vez que o escriba honesto disse que a resposta de Jesus era válida, algo que ninguém mais estava disposto a fazer. Jesus também elogiou o escriba por sua resposta honesta, dizendo que ele não estava longe do Reino de Deus. Mas não estar muito longe do Reino não significa estar dentro dele. O escriba ainda precisava reconhecer quem era Jesus e segui-Lo, isto é, dar mais um passo na jornada da fé.

De que maneira é possível amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos? A cruz seria a chave para isso?

Quinta-feira, 29 de agosto de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O Evangelho de Marcos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 517, jul. ago. set. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

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