Hamã e Satanás
Lições da Bíblia1:
Na história de Ester, conhecemos Hamã, que tinha sede de posição e poder. Ele recebe grande destaque no império, acima de todos os outros oficiais (Et 3:1).
Nos textos que descrevem a queda de Lúcifer (Ez 28:11-15; Is 14:12-15), vemos paralelos com Hamã, inimigo maligno do povo de Deus, que se recusava a reconhecer a supremacia do Senhor. A história da tentação de Cristo revela as intenções mais abrangentes de Satanás, quando ele levou Jesus a um lugar muito alto para mostrar-Lhe os reinos do mundo (Mt 4:8-11). Cristo veio para redimir o mundo e reivindicá-lo como Seu – e Ele fez isso como um de nós. Jesus é o nosso Parente resgatador, e o preço que Ele pagou para redimir o mundo foi extremamente alto.
No livro do Apocalipse, vemos que a cobiça de Satanás por poder e adoração levará este mundo à crise final. Seus enganos convencerão o mundo a se maravilhar diante da besta e segui-la (Ap 13:3, 4), e serão relativamente poucas as exceções notáveis que se recusarão a adorar o inimigo. Com essas pessoas, ele recorrerá à força.
Hamã percebeu que Mordecai, que fazia parte do povo escolhido de Deus, não se submeteria a ele nem reconheceria seu suposto direito de ser “adorado”. Assim, Hamã “encheu-se de furor” e se tornou determinado a eliminar todo o povo de Mordecai da face da Terra (Et 3:5, 6).
4. Leia Ester 3:1-14; Apocalipse 12:14-17; 13:15. Que paralelos vemos entre essas passagens? Como a descrição da igreja remanescente em Ester é semelhante à descrição do povo de Deus no Apocalipse?
Ester 3:1-14 (NAA)2: 1 Depois disto, o rei Assuero engrandeceu Hamã, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou, e lhe deu um cargo mais elevado do que o de todos os oficiais que estavam com ele. 2 Todos os servos do rei, que estavam à porta do rei, se inclinavam e se prostravam diante de Hamã, porque esta era a ordem do rei a respeito dele. Mordecai, porém, não se inclinava nem se prostrava. 3 Então os servos do rei, que estavam à porta do rei, perguntaram a Mordecai: — Por que você está transgredindo as ordens do rei? 4 Dia após dia eles falavam com Mordecai, mas ele não lhes dava ouvidos. Então contaram isso a Hamã, para ver se as palavras de Mordecai se manteriam em pé, porque ele lhes tinha declarado que era judeu. 5 Quando Hamã viu que Mordecai não se inclinava nem se prostrava diante dele, encheu-se de furor. 6 Porém julgou que era pouco, nos seus propósitos, atentar apenas contra Mordecai, porque lhe haviam declarado de que povo era Mordecai. Por isso, Hamã procurou destruir todos os judeus, povo de Mordecai, que havia em todo o reino de Assuero. 7 No primeiro mês, que é o mês de nisã, no décimo segundo ano do reinado de Assuero, foi lançado o Pur, isto é, fizeram um sorteio na presença de Hamã, para determinar o dia e o mês; e foi sorteado o décimo segundo mês, que é o mês de adar. 8 Então Hamã disse ao rei Assuero: — Existe um povo espalhado e disperso entre os povos em todas as províncias do seu reino, cujas leis são diferentes das leis de todos os povos. Eles não cumprem as leis do rei e por isso não convém tolerá-los. 9 Se for do agrado do rei, decrete-se que sejam mortos, e eu porei nas mãos dos que executarem a obra trezentos e quarenta toneladas de prata para que entrem nos tesouros do rei. 10 Então o rei tirou da mão o seu anel-sinete e o deu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, inimigo dos judeus, 11 e lhe disse: — Fique com essa prata e faça com esse povo o que bem quiser. O rei decreta a morte dos judeus 12 No dia treze do primeiro mês, chamaram os secretários do rei e, segundo tudo o que Hamã havia ordenado, se escreveu aos sátrapas do rei, aos governadores de todas as províncias e aos chefes de cada povo. A ordem devia ser endereçada a cada província no seu próprio modo de escrever e a cada povo na sua própria língua. Foi escrita em nome do rei Assuero e selada com o anel-sinete do rei. 13 As cartas foram enviadas por meio de mensageiros a todas as províncias do rei, com instruções para que num só dia, o dia treze do décimo segundo mês, que é o mês de adar, todos os judeus, tanto os jovens como os velhos, as mulheres e as crianças, fossem destruídos, mortos e aniquilados, e que os seus bens fossem saqueados. 14 Uma cópia da carta, que determinava a proclamação da lei em todas as províncias, foi enviada a todos os povos, para que se preparassem para aquele dia.
Apocalipse 12:14-17 (NAA)2: 14 Mas foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse para o deserto, para o seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora do alcance da serpente. 15 Então, a serpente lançou da boca água como um rio atrás da mulher, a fim de fazer com que ela fosse arrastada pelas águas. 16 A terra, porém, socorreu a mulher: abriu a sua boca e engoliu o rio que o dragão tinha lançado de sua boca. 17 O dragão ficou irado com a mulher e foi travar guerra com o restante da descendência dela, ou seja, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.
Apocalipse 13:15 (NAA)2: E lhe foi concedido poder para dar vida à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse morrer todos os que não adorassem a imagem da besta.
Satanás reivindica este mundo, mas a presença de pessoas que permanecem leais a Deus, que guardam Seus mandamentos, desmente sua reivindicação de supremacia completa. “Como o sábado se tornou o ponto especial de controvérsia no cristianismo, […] a recusa persistente de uma pequena minoria em ceder à exigência popular fará com que essa minoria seja alvo de ódio universal” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 511).
Se fazemos concessões nos “pequenos” testes, como nos sairemos no teste final?
Quarta-feira, 11 de junho de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico.
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Alusões, imagens e símbolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 520, abr. maio. jun. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.
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